Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
domingo, 24 de julho de 2011
PERGUNTAS
Onde estarão os velhos segredos
E aqueles medos
Carregados dentro das noites?
Será que estão mortos?
Será que estão perdidos
Ao próximo fim?
Onde estará você? Onde estarei?
Onde ficarão as horas
Criadas em nossos caminhos?
Será que estão mortas?
Será que estão perdidas
Por não terem tido início?
Onde está a poesia emotiva
Ainda não recitada por mim?
Onde está o verso de todo dia?
Quem o esqueceu por aí?
Será que resolveram ser segredos
Dentro das noites de meus medos?
Vai! Pergunta a mulher adormecida
Ao lado do meu corpo:
Por que não és mais a mesma paixão?
Por que agora és tão invernal?
Pergunta! Talvez a poesia volte
E eu a possa declamar para a multidão.
Nem sei se estou vivo por aqui.
Nem sei se tenho sangue no caminho
Dos versos que pretendo escrever.
Talvez esteja esperando a resposta
Sabendo que não virá
De forma alguma.
Por isso tanto os olhos pousam
nas novíssimas mariposas.
Por tal esquecimento de mim
A carne grita e proclama:
A certeza de estar vivo
Ainda perdura por aqui!
Pergunta vai. Pergunta vem.
Mas ninguém pergunta a mim
Sobre as certezas dos medos.
Sabem o quanto estes segredos
Preferem estar mortos
E esquecidos dentro das noites...
….................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 13 de junho de 2011.
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