quinta-feira, 8 de agosto de 2013

VELHO FADO

Eis a noite no seu escuro imperfeito
De braços dados às cores da paixão
O rebate do sentimento acha o peito
De quem navega por outra dimensão

Tal como eu e a poesia destemida
Nua! Poderosa! Em complexa dor!
A dar-se em timidez desconhecida
À noite vária sem pejo ou temor.

Assim faça o meu poema a ciência
Do ser noturno vampiresco alado
Em seu valor e em sua eloquência

E possa enfim escrever o amor calado
Sem omitir nenhuma experiência
Da tristeza ao cantar um velho fado.
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© Copyright by Rafael Rocha - Recife, 5 de agosto de 2013

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