Com bêbados, loucos, religiosos, políticos, cientistas sociais
e decorebas não se pode dialogar sobre o assunto abaixo transcrito.
Eles se julgam os únicos donos da verdade.
Eles se julgam os únicos donos da verdade.
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Foi numa conversa informal (há algum tempo) com um padre católico e um pastor presbiteriano – não citarei aqui os nomes deles, respeitando o pedido de sigilo de ambas as fontes -, que descobri o drama dos que tentam acreditar na “verdade” divina. O sacerdote e o pastor inúmeras vezes se referiram à palavra dogma. Disseram que suas igrejas tinham a base solidificada pelos dogmas. Se o que estava escrito, foi por obra e graça de um ser divino, não será um ser humano que irá desdizer esses dogmas, apenas por possuir dúvidas e não ter uma fé enraizada dentro de si. O padre católico salientou que o mito da Virgem Maria é um dogma e a fé dos cristãos nesse mito irá ajudar sempre na sua propagação. O pastor presbiteriano foi mais além e disse que fugir de um dogma é negar a existência de tudo. Se esse tudo foi escrito sob inspiração divina, como dizem os antigos, não podem existir argumentos contrários. Deus não erra, salientou. E a Bíblia é a palavra sagrada de Deus.
Porém, ambos observaram que, fugindo dos dogmas, podiam conversar como simples seres humanos pecadores e debater as incoerências existentes nos escritos religiosos. Mas antes iriam pedir perdão a Deus por esse tipo de comportamento, e que não mais estavam agindo como representantes Dele, e sim como homens comuns. Por serem os representantes da palavra de Deus na terra não podiam agir de outra maneira, explicaram. Assim, retornamos aos tempos mais primitivos da religião e discutimos assuntos que muito tinham a ver com a criação de Deus pelos homens. E a conclusão a que nós três chegamos foi unânime: não há uma certeza histórica sobre a existência de Deus e de Jesus Cristo.
No entanto, os dois - padre e pastor - mostraram preocupação. Temem que esse fato seja e possa um dia se tornar a verdade absoluta. Denotaram o temor de que o homem realmente tenha criado os deuses e que o Deus existente hoje seja apenas um milagroso remédio para aplacar suas dores de cabeça e o medo do imponderável. Ambos argumentaram que a fé em Deus é necessária para que o homem possa viver no planeta. A certeza de um lugar no paraíso celestial, do perdão de Deus para seus atos pecaminosos ajuda a melhorar o padrão de vida e a educar os seres humanos dentro de uma moral correta. Quando perguntei a eles que moral seria essa, fugiram pela tangente. A moral, disse eu, é algo que cada homem apreende vivendo em sociedade. E diverge de lugar a lugar, de país a país. Não é preciso acreditar em um deus para possuir uma moral. Mas acreditar numa mentira religiosa prova a falta de moral, ou até mesmo que o homem vive dentro de uma visão imoral de mundo. Além disso, debatemos a visão de estar no mundo sem um objetivo concreto. Eles disseram que se nascemos, vivemos e morremos sem um objetivo, para que servirá viver? Assim, preferiam ficar com as suas crenças e manter viva a chama da fé antiga, mesmo que Deus tenha sido criado pelos homens e tenha sua manutenção de divindade nas mãos das altas cortes sacerdotais de suas religiões.
Não cheguei a detalhar para ambos o meu argumento acerca da mentira criada por essas altas cortes sacerdotais com o objetivo de manipular o mundo de acordo com seus interesses. Discutir com pessoas cujos comportamentos são repletos de dogmatismos e que não podem fugir desse rumo, não vale a pena. No meu caso, dirão alguns, também existe um comportamento dogmático. Rechaço esse desvio de caminho. Sou um livre pensador e estou aberto às idéias e jamais preso a coisas preconcebidas e inseridas na mente humana como as únicas certezas da vida. Exatamente porque a vida não possui muitas certezas. Se conseguirem provar para mim que Cristo realmente existiu não como deus e filho de deus, mas como um ser histórico, eu talvez (digo talvez), possa oferecer minha mão à palmatória. “Você é igual a Tomé”, dirão católicos e protestantes. E eu digo: Tomé também foi um mito inserido nos evangelhos para rebater as idéias dos incrédulos. E, além do mais, eu detesto a idéia única, o pensamento único, o comportamento prefixado e politicamente correto. Prefiro inúmeras verdades a uma só mentira.
Um ser divino (caso exista um) não erra. Jamais vai errar. Mas um ser divino criado pelo homem com a imagem e semelhança do homem erra, e seus erros se propagam em turbilhões. Principalmente, porque não são os pobres e os humildes a se beneficiar com a fé que põem nessa divindade. Os pobres, os mais humildes buscam algo melhor. Colocam suas vidas nas mãos do divino e com a fé seguem suas regras sem perguntar de onde se originaram, apenas porque não têm outro rumo a seguir para ver seus filhos crescendo e vivendo em ambientes livres do arbítrio, da fome, da ignorância e da maldade inerentes ao homem. Grande ilusão!
Mas existe um divino bastante real. Nele os seres humanos ainda não começaram a acreditar. A vida eterna existe e não será com a morte que irá se acabar. O Universo está em constante renascimento e em eterna mutação e é nele que vivemos e dele viemos. Todo o Universo é feito de átomos, prótons, elétrons, seja lá que nome a ciência forneça, tal como nós seres humanos, animais e plantas somos feitos. Quando morremos, a energia que move nossos pensamentos se incorpora à energia universal e os átomos do nosso corpo se fundem aos átomos da terra. Somos eternos sim. Morremos e ficamos na terra com nossos átomos, que se espalham em todo o planeta como poeira. E a energia que movia nossas ações, nossa voz, nossos pensamentos também se incorpora à energia universal. O Universo é o divino que existe, e é eterno. Está sempre em contínua criação. E por criação devemos entender vida e morte em estreita comunhão. O que foi conceituado como alma e como espírito tem ligação íntima com o infinito do homem, ser que foi criado em uma área específica do Universo junto a tantos animais e tantos vegetais.
Algum dia o nosso sol irá se apagar e a vida na Terra, como a conhecemos, ganhará novo rumo. Pode ser que antes disso o planeta não agüente a ação predatória do homem e se destrua em uma explosão. Mas nem assim a eternidade irá se acabar. Os átomos remanescentes do Planeta irão, a partir daí, participar de uma área muito mais ampla: todo o espaço sideral. A aglomeração ocorrerá no centro mais desconhecido do Universo e nele os átomos irão viver indefinidamente, seguindo as leis químicas e físicas, e sejam lá quais forem elas e outras. A energia que move os corpos e que se apaga após a morte será reavivada em outros espaços do cosmo, em corpos de outros seres diferenciados da raça humana, mas nem assim menos universais. Estrelas também nascem e morrem, buracos negros deglutem sistemas estelares inteiros como a ciência de hoje está provando, planetas explodem e cometas viajam pela amplidão do cosmos até que possam encontrar um sol ou qualquer espaço novo dentro do infinito para um outro renascer.
Porém, ambos observaram que, fugindo dos dogmas, podiam conversar como simples seres humanos pecadores e debater as incoerências existentes nos escritos religiosos. Mas antes iriam pedir perdão a Deus por esse tipo de comportamento, e que não mais estavam agindo como representantes Dele, e sim como homens comuns. Por serem os representantes da palavra de Deus na terra não podiam agir de outra maneira, explicaram. Assim, retornamos aos tempos mais primitivos da religião e discutimos assuntos que muito tinham a ver com a criação de Deus pelos homens. E a conclusão a que nós três chegamos foi unânime: não há uma certeza histórica sobre a existência de Deus e de Jesus Cristo.
No entanto, os dois - padre e pastor - mostraram preocupação. Temem que esse fato seja e possa um dia se tornar a verdade absoluta. Denotaram o temor de que o homem realmente tenha criado os deuses e que o Deus existente hoje seja apenas um milagroso remédio para aplacar suas dores de cabeça e o medo do imponderável. Ambos argumentaram que a fé em Deus é necessária para que o homem possa viver no planeta. A certeza de um lugar no paraíso celestial, do perdão de Deus para seus atos pecaminosos ajuda a melhorar o padrão de vida e a educar os seres humanos dentro de uma moral correta. Quando perguntei a eles que moral seria essa, fugiram pela tangente. A moral, disse eu, é algo que cada homem apreende vivendo em sociedade. E diverge de lugar a lugar, de país a país. Não é preciso acreditar em um deus para possuir uma moral. Mas acreditar numa mentira religiosa prova a falta de moral, ou até mesmo que o homem vive dentro de uma visão imoral de mundo. Além disso, debatemos a visão de estar no mundo sem um objetivo concreto. Eles disseram que se nascemos, vivemos e morremos sem um objetivo, para que servirá viver? Assim, preferiam ficar com as suas crenças e manter viva a chama da fé antiga, mesmo que Deus tenha sido criado pelos homens e tenha sua manutenção de divindade nas mãos das altas cortes sacerdotais de suas religiões.
Não cheguei a detalhar para ambos o meu argumento acerca da mentira criada por essas altas cortes sacerdotais com o objetivo de manipular o mundo de acordo com seus interesses. Discutir com pessoas cujos comportamentos são repletos de dogmatismos e que não podem fugir desse rumo, não vale a pena. No meu caso, dirão alguns, também existe um comportamento dogmático. Rechaço esse desvio de caminho. Sou um livre pensador e estou aberto às idéias e jamais preso a coisas preconcebidas e inseridas na mente humana como as únicas certezas da vida. Exatamente porque a vida não possui muitas certezas. Se conseguirem provar para mim que Cristo realmente existiu não como deus e filho de deus, mas como um ser histórico, eu talvez (digo talvez), possa oferecer minha mão à palmatória. “Você é igual a Tomé”, dirão católicos e protestantes. E eu digo: Tomé também foi um mito inserido nos evangelhos para rebater as idéias dos incrédulos. E, além do mais, eu detesto a idéia única, o pensamento único, o comportamento prefixado e politicamente correto. Prefiro inúmeras verdades a uma só mentira.
Um ser divino (caso exista um) não erra. Jamais vai errar. Mas um ser divino criado pelo homem com a imagem e semelhança do homem erra, e seus erros se propagam em turbilhões. Principalmente, porque não são os pobres e os humildes a se beneficiar com a fé que põem nessa divindade. Os pobres, os mais humildes buscam algo melhor. Colocam suas vidas nas mãos do divino e com a fé seguem suas regras sem perguntar de onde se originaram, apenas porque não têm outro rumo a seguir para ver seus filhos crescendo e vivendo em ambientes livres do arbítrio, da fome, da ignorância e da maldade inerentes ao homem. Grande ilusão!
Mas existe um divino bastante real. Nele os seres humanos ainda não começaram a acreditar. A vida eterna existe e não será com a morte que irá se acabar. O Universo está em constante renascimento e em eterna mutação e é nele que vivemos e dele viemos. Todo o Universo é feito de átomos, prótons, elétrons, seja lá que nome a ciência forneça, tal como nós seres humanos, animais e plantas somos feitos. Quando morremos, a energia que move nossos pensamentos se incorpora à energia universal e os átomos do nosso corpo se fundem aos átomos da terra. Somos eternos sim. Morremos e ficamos na terra com nossos átomos, que se espalham em todo o planeta como poeira. E a energia que movia nossas ações, nossa voz, nossos pensamentos também se incorpora à energia universal. O Universo é o divino que existe, e é eterno. Está sempre em contínua criação. E por criação devemos entender vida e morte em estreita comunhão. O que foi conceituado como alma e como espírito tem ligação íntima com o infinito do homem, ser que foi criado em uma área específica do Universo junto a tantos animais e tantos vegetais.
Algum dia o nosso sol irá se apagar e a vida na Terra, como a conhecemos, ganhará novo rumo. Pode ser que antes disso o planeta não agüente a ação predatória do homem e se destrua em uma explosão. Mas nem assim a eternidade irá se acabar. Os átomos remanescentes do Planeta irão, a partir daí, participar de uma área muito mais ampla: todo o espaço sideral. A aglomeração ocorrerá no centro mais desconhecido do Universo e nele os átomos irão viver indefinidamente, seguindo as leis químicas e físicas, e sejam lá quais forem elas e outras. A energia que move os corpos e que se apaga após a morte será reavivada em outros espaços do cosmo, em corpos de outros seres diferenciados da raça humana, mas nem assim menos universais. Estrelas também nascem e morrem, buracos negros deglutem sistemas estelares inteiros como a ciência de hoje está provando, planetas explodem e cometas viajam pela amplidão do cosmos até que possam encontrar um sol ou qualquer espaço novo dentro do infinito para um outro renascer.
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