sábado, 4 de fevereiro de 2012

ODE DO TEMPO

Há um tempo preciso
Para desprezar outro tempo
Para escrever outros versos
Quase iguais aos momentos
Da velha solidão

Há um tempo necessário
Para nos tornarmos vários
Para amar um grão de areia
E dançar sob a força dos ventos
Da antiga solidão



Há um tempo comovido
Para chorarmos o que fomos
Para o sonho a se esvair
E a sumir no tempo como névoa
Na mais grave solidão

Há um tempo sem tempo
Para ser o mais novo tempo
Para adormecer com nossa carne
Antes dela sumir e ser terra
Na eterna solidão

Há um tempo impreciso
Para nascer em outro tempo
De outros versos sem motivos
Para definir os tormentos
Da minha solidão.
....................................
@ Copyright by Rafael Rocha – Recife 4 de fevereiro de 2012-02-04

Nenhum comentário: