Para desprezar outro tempo
Para escrever outros versos
Quase iguais aos momentos
Da velha solidão
Há um tempo necessário
Para nos tornarmos vários
Para amar um grão de areia
E dançar sob a força dos ventos
Da antiga solidão
Há um tempo comovido
Para chorarmos o que fomos
Para o sonho a se esvair
E a sumir no tempo como névoa
Na mais grave solidão
Há um tempo sem tempo
Para ser o mais novo tempo
Para adormecer com nossa carne
Antes dela sumir e ser terra
Na eterna solidão
Há um tempo impreciso
Para nascer em outro tempo
De outros versos sem motivos
Para definir os tormentos
Da minha solidão.
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@ Copyright by Rafael Rocha – Recife 4 de fevereiro de 2012-02-04
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