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Dia de sol na imensidão do tempo
O torvelinho da vida gira em tumulto.
Estou sozinho!
Ando por este sol
E penso em você...
Meus cabelos estão esbranquiçados
Como a cor cinzenta de uma tarde.
Mas o sol cria neles brilhos novos
Como cores de lágrimas em prata
Feitas do arco-íris do passado.
O dia de sol é presente como o calor
Parecendo querer recordar
Coisas velhas já mortas.
Ando por este sol
E penso em você...
Minhas mãos estão ficando enrugadas
Como papel amassado pelos dedos
Mas o sol cria nelas gotas brilhantes
Parecidas com as estrelas
Piscando anseios de velhas paixões.
O sol embala as nuvens em suplício
E traz o torvelinho da saudade
Tropeçando em si mesma.
Ando por este sol
E penso em você...
E o calor da luz escreve uma mensagem
Na minha pele de sessenta anos:
A gente vive morrendo devagar
Flor levada pela fonte ao mar.
E eu penso agora em mim...
.....................© Copyright by Rafael Rocha - Recife, 3 de agosto de 2013
Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
DIA SOLAR
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