terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SESSENTA ANOS

Agora tão perto dos meus sessenta anos
Não mais vejo as ninfas e os faunos
Nas orgíacas festas dos jovens deuses
Tenho lágrimas mansas a deslizar
Em algumas rugas da minha face
Quando a lua faz solidão com minha vida.

Será que estou vendo meu tempo pela última vez?
Ai, ai, ai mente minha, não atrapalha este anseio
Tão antigo como eu
Quero voltar às libações da juventude
E usufruir os odores das fêmeas e os dissabores dos homens.

Sinceramente não tenho hoje nada mais
Além de um sol que vai se pondo triste
Deixando de iluminar todas as luas do seu sistema

Agora tão perto dos meus sessenta anos
Descubro a necessidade de ser louco pela vida.

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