Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
UMA PRAÇA CHAMADA INDEPENDÊNCIA
PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA EM 1910
PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA NO INÍCIO DA DÉCADA DE 50
Situada no bairro de Santo Antônio, em pleno centro do Recife, a Praça da Independência já figurava na planta da Cidade Maurícia denominada como o Terreiro dos Coqueiros, local onde funcionava um grande mercado durante o domínio holandês. Neste período, o logradouro foi chamado ainda de Praça Grande, Praça do Comércio e Praça da Ribeira. Em 1788, continha 62 casinhas que vendiam gêneros de primeira necessidade, tendo o nome mudado para Praça da Polé.
A denominação de Polé advém do fato de naquela praça ter funcionado um bárbaro instrumento de tortura (com o mesmo nome) e que constava de um mastro levantado, uma roldana e uma corda, com a finalidade de supliciar indivíduos que tivessem cometido determinados crimes.
Em 1816, o logradouro passa por uma grande reforma: as pequenas casas são substituídas por lojas de maiores dimensões, e o local fica sendo chamado de praça da União. Finalmente, em 1833, a praça adquire o nome da Independência.
No começo do século XX, mais precisamente em 1905, com a finalidade de ampliá-la, quarteirões inteiros são demolidos, bem como uma série de lojinhas que funcionavam em pleno largo. Certas vias públicas, tais como a rua Sigismundo Gonçalves e a rua do Cabugá, deixam de existir. Quarenta anos depois, a praça duplica de tamanho, adquirindo mais ou menos as dimensões que possuem na atualidade e fica popularmente conhecida como praça do Diario ou Pracinha. Ao seu redor, destacam-se: a Matriz de Santo Antônio, o edifício do Diario de Pernambuco - o jornal mais antigo da América Latina -, e vários outros prédios modernos.
A praça da Independência é considerada, hoje, como aquela de maior movimento na cidade do Recife. Por ela, cruzam e iniciam avenidas e ruas de grande relevância, tais como a rua Duque de Caxias, a rua 1º de Março, a avenida Dantas Barreto, a rua Nova, a avenida Guararapes, o Largo do Rosário, a rua Matias de Albuquerque e a rua Engenheiro Ubaldo Gomes de Matos.
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Fontes consultadas:
ROCHA, Tadeu. Praças do Recife. Boletim da Cidade e do Porto do Recife, Recife, n. 63-70, jan./dez., 1957-1958.
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