quarta-feira, 14 de julho de 2010

CANÇÃO EXTREMA

Clara e precisa na minha dor suprema
Angústia d’alma da qual o mundo ri:
Voa no espaço minha canção extrema
Da morte lenta andando a me seguir

Como se fosse meu corpo eterno guia
Culpas carnais a descontrolar aqui:
Ó sonho, ó mulher, ó bela fantasia!
Ainda há paixão para se me embutir.

Fazer na vida a cor em poema seco
Vai a ingrata revolver todo o esterco
Das ações loucas de minha mocidade

Sentindo o peso do adeus angustiante
Vejo o apagar da minha luz constante
Na carne quente de minha humanidade.



© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 14 de julho de 2010

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