sexta-feira, 23 de julho de 2010

IMENSO NADA

Não sabes quem és...
Não sei quem sou...

Como fazer desta vida louca
A ideia se seguir algum caminho?
Quando não sei quem sou?
Quando não sabes quem és?
Como achar os caminhos a seguir
Quando nem nos sabemos Ser?

Onde o meu futuro?
Qual o meu passado?

Temos correntes presas em nossos ares
Onde falsos profetas erguem altares
À onisciência de deuses invisíveis.

Estamos presos às ilusões e aos momentos
E caminhamos a buscar sentimentos
Sem saber quem somos.
Qual nosso passado e donde viemos?

Todos...
Somos cavalgaduras presas nas estrebarias
Cavalgaduras esquálidas e famintas
Por não saber de seus caminhos a seguir.

Todos...
Somos amplidões de um imenso Nada
No mergulho da intenção do acaso
Na bolha atômica
De um buraco negro.


© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 23 de julho de 2010

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