Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
PEQUENA EPOPEIA
Ao despertar da manhã o prisioneiro
Da mais velha saudade e da ideia
Eternamente imortal de caminheiro
Quixote em louvor de Dulcineia
Vai a Caronte o último barqueiro
Viver a Tróia em sua epopeia
E seu passado... Ó, vida de guerreiro!
Não tem vitória para essa odisseia.
(Penso em tudo que possuis em teu amor
Guardado dentro do meu velho inferno
Onde a paixão lado a lado vai com a dor.)
Silêncio, musa! Meu coração não é eterno!
E mesmo assim se preciso muito for
Serei um herói menor e subalterno.
© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 23 de julho de 2010
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