sexta-feira, 23 de julho de 2010

PROFUNDEZA

Na realidade
Continuo sendo mais profundo eu mesmo
Não gosto de perder tempo
Saber o porquê de Estar?
Saber o porquê de Ir?
Sei lá...
No fundo de mim
Tudo brotou do acaso
Se a chuva molha a terra
Nasce a planta
Se o corpo vai à terra
Dá-se vida
Nada de pensar em Mestre
Isso é algo bizarro
O profundo do Eu é mais eterno
Como um escarro
Vindo da carne.

Na realidade
Não acalento crenças em deuses
Para que perder tempo?
Tenho a mim e ao meu Ser
Maior resposta aos porquês
Sendo, eu sou
Não sendo, eu não sou
Se o sol enxuga a terra molhada
Cresce a planta
Se os olhos ameigam lágrimas amargas
O sonhar da vida
Traz o acaso de todas as amplidões
E sempre o Eu é mais eterno
E a paixão pela vida
Mantém a vida.



© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 23 de julho de 2010

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