terça-feira, 27 de julho de 2010

SEREIA

Ao olhá-la (desvairado) assim deitada
Pelas águas do oceano a ser banhada
Meu sangue grita lubricidade estranha.
E o cérebro medita o gozo do abraço
O prazer do corpo molhado nos braços
E a boca a prometer paixão tamanha.

Que sereia essa a inocular dentro em mim
O anseio lúbrico de tê-la?
E possuir seu corpo todo como estrela
Como eu sendo a noite escura toda dela?

Vê-la assim, em amplidão mulher entregue
Sedenta de paixão minha alma segue
Em luxúria insana e febre intensa
Vem um tropel de delírios estranhos
A me envolver em fogueiras tão mais densas
Não sei nem onde ponho os arreganhos
Da paixão que tal sereia me incensa.

Neste horizonte vem um pensamento louco
Ao ver e sentir-lhe a graça imensa...

Que sereia essa a inocular dentro em mim
O anseio lúbrico de tê-la?..


© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 27 de julho de 2010

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