domingo, 1 de agosto de 2010

TORPEDO

Meus desejos têm milhões de atalhos
A levar sonhos a rincões escondidos
De corpo a corpo em meio aos retalhos
Dos prazeres mais loucos acendidos.

E mesmo hoje de cabelos já grisalhos
Anseio a boca e o sexo consentidos
Jamais pensar os meus atos sejam falhos
Estou aceso nos meus poros e sentidos

Quero-te ao extremo de fugir de mim!
Quero-te ao supremo de morrer assim:
Sangrando as mãos ao espinho da tua flor!

Quero-te fêmea enrodilhada em meus braços!
Quero-te louca a pedir os estilhaços
Do torpedo explodido deste meu amor.


© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 1 de agosto de 2010

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