segunda-feira, 30 de agosto de 2010

RITUAL DO SANGUE

Minha carne é sentimento de amor e viajante
A rimar o verso com o prazer mais delirante
De teu corpo, minha amada, tão macio.

E ao abrir a carne para aceitar meu instante
Dentro de ti desliza o teor de meu guante
E pleno de viço nada a vida por teu rio.

Assim completo a paixão mais contingente
Neste continente onde a morte é território.
Na vida passageira e quase como um demente
Dentro da mente meu futuro é mais inglório.

Em ti fiquei. Ficaste em mim. Assim ficamos
E latejamos no sangue o ritual da dor
Advinda da paixão em que nos declaramos
E nunca esgotamos na fronteira do amor



@ Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 30 de agosto de 2010

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