Está deitada ao meu lado
Sorridente
Vestida de nada
Minha solidão.
Decifrá-la é a charada
Anda nua na estrada
No meio da multidão
Ela é demente.
Descubro o imanente
Ser solitário é doer
Mas é estar presente
No viver.
E a solidão vive
E abalroa minha história
E nem existe glória
De ausência.
Fecho a porta do quarto.
E ela grita: - Não tardo!
Irei no sonho comentar
O nosso fardo.
Loucura!
Não posso nem fugir!
Basta sentir
O só que não tem cura.
Minha solidão
Habita a solidão
Criada na razão
Desta canção.
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@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 15 de abril de 2011.
Um comentário:
que coisa maravilhosa ver alguém escrever sobre o Recife com um amor tão grande quanto o que eu trago no meu peito pela capital pernambucana.
Já morei aí e o único arrependimento que trago na vida é ter saído do Recife.
Meu corpo saiu, mas meu coração continua vagando por aí pelas ruas e avenidas, pela Boa Vista, Santo Amaro, Derby, Madalena, Torre, Casa Forte, Aflitos, São José, Recife Antigo...
Só hoje descobri este blog.
Parabéns pelas poesias.
um grande abraço.
betometri@ig.com.br
Betometri.blogspot.com
o mais pernambucano dos mineiros.
Acho que o mais recifense do que todos os nascidos no Recife.
beto
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