domingo, 24 de julho de 2011

SANGRAMENTO DA SOLIDÃO

É a verdade da solidão a doer no peito
Escrevendo o verso sangrento
De fora para dentro.
É a verdade do desamor mais inquieto
Querendo ser verdade áspera
De dentro para fora de mim.

Escrevo a dor da solidão em sangue.
Ainda esperando não ser preciso.
Mas a dor vem. Vem e vai. E vem
De fora para dentro
Como sendo dona de meus caminhos.

Paro para olhar o cotidiano da sala.
E a vejo no olhar parado da mulher
Sem cor e sem paixão a ver TV.
Paro para olhar o diário da manhã
E vejo a mulher sendo escrava do tempo.

Ah, nada mais tenho a perder...
A solidão tem tintas vermelhas de sangue.
Ela é uma dor a bater no ir e vir.
Ainda se eu gritar áspero e traiçoeiro
O olhar do mundo ao redor pedirá silêncio:
Fale baixo para ninguém reclamar!

Que ninguém! Que merda! Que nada!
É a realidade da solidão a habitar em mim!
E mesmo a esperar não ser preciso
Escrever e declamá-la
Ela tornou-se dona de meus caminhos
De fora para dentro.

….............
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 13 de junho de 2011.

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