As sensações de se inventar a vida
Para o agora do tempo finito
Na boca da noite ou no pensar
Como posso ficar desatento
Aos desejos da epiderme?
Bom deverá ser inventar
As músicas das ausências
E sentir a antiguidade maior
Da presença
Do corpo antigo a nos encantar.
Ah! Amada minha!
Quanto prazer pensar em ti!
No tempo de quando eras verão
De quando cantavas o amor
Fora e dentro de minha pele.
Hoje
Curto o silêncio
Hoje
Curto amargura
Hoje
Lembro o eco dos abraços
Hoje
Recordo o sabor dos beijos.
Essa harmonia desarmonizada
Onde mergulhas em inverno
Dói tanto em mim.
Nem sabes como permaneço
Atento ao teu prazer.
Deixar morrer o obscuro
Tal o galo solitário a cantar
Na última manhã
Estaremos a acenar
Cruéis adeuses.
Ah! Amada minha!
Se pensar em mim dói
No tempo em que serei inverno
Irás lembrar o verso de amor
Dentro de tua carne.
Amanhã
Terás o silêncio
Amanhã
Terás a amargura
Amanhã
Pedirás os beijos
Amanhã
Recordarás...
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@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 29 de junho de 2011.
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