Pensando no teu corpo eu canto um velho fado
Levo o meu sangue a escorrer a teu lado
Invisível e esperando ameigar a paixão.
A saudade obriga a carne a elevar um brado
Ainda que me chamem de velho safado
Pretendo degustar os sabores de tua amplidão.
Mulher a habitar meus sonhos mais inteiros
Suaves espaços de suor, de pelos e de cheiros
Estás viva nos meus versos em louca obsessão.
Mulher da flor cativa odorosa aos canteiros
Dos seios, das axilas, das coxas e ligeiros
Desejos de sexo insano a criar louco tesão.
Pensando em tua boca carnuda eu derramo
A teu anseio maluco de querer saber se eu amo
Ou se apenas estou a plantar uma ilusão.
Mulher a fazer delirar tudo que eu chamo.
Dá-me o bramido retumbante que reclamo:
- Vinde a mim saciar essa fome de paixão!
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@Copyright by Rafael Rocha Neto - Recife, 17 de setembro de 2011
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