Sua alma na espera dos acontecimentos
Foge da humildade derramada de mulher
E agarra urgentemente o desejo carne
Que além de desejo é algo impalpável.
E pergunta se eu sou um poeta tímido
Ou noturno ou de alguma base futurâmica.
E faz isso com um sorriso malicioso
Ainda a não crer na verdade de um futuro.
Sim. Eu sou um poeta e ando disfarçado
Dentro de uma timidez elástica e pura.
Sim. Eu sou um poeta porque estou sozinho
E sereno e derramado na escuridão noturna.
Eu sei que sua alma é uma estrofe sibilante
A voar ao encontro de uma árvore fictícia
E a fazer do corpo um pedido imenso de carícias.
E a fazer do sonho o pão nosso de cada minuto.
Um dia...
Quando as suas mãos enrugadas
Tocarem a fímbria jovem de outro corpo
Ela quererá ser poeta e ver-se-á sem nada
Tamanho foi urgente seu desejo de carne
Como foi seu mundo.
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@Copyright by Rafael Rocha Neto
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