Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
domingo, 8 de janeiro de 2012
MEDO
(Poema extraído do livro Marcos do Tempo, de Rafael Rocha)
Insano busco reclamar do mau pensamento.
Chegam-me apenas lembranças de castigos.
Coisas loucas feitas de ar, de água e vento
Como tentando dialogar com os inimigos.
E taciturno vejo a cinza da manhã nascente
Louca por meu sono até quando eu lamento
A perda do meu verso triste e penitente
O qual não quis escrever neste momento.
Simples assim: sinto ganas de rápidas prosas
E abrigo no cérebro imagens poderosas
Medonhos medos de no porvir chegar ao fim.
A mente clama pelo viver mais que infinito.
E a voz lança na amplidão vazia um grito:
Quero escrever versos sem pensar assim!
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