Quantos somos dentro das nostalgias
Ou das angústias dos sonhos irredentos
Que pelos lábios da mente escrevemos
Com símbolos e mil alegorias?
Havendo céu: Pássaros seremos.
Um deus voando sobre uma flor noturna
E um espírito chorando sob a chuva
De uma ária taciturna.
Quantos somos?... Não sei... Disse um poeta
Somos talvez um lago cristalino.
Um pântano rodeado de ninfetas.
Um espelho além do genuíno.
Ou ainda no enigma dos versos
Um pária errante dentro do céu errado.
Uma escória saída do Inferno.
Um Lúcifer enganado.
Quem somos?... Não sei... Quem sabe a vida
Escondida no zodíaco dos aedos?
Inconstantes, amantes e libertos
E possuídos pela coragem do medo?
Na verdade somos seres catastróficos.
Edifícios sem infra-estrutura.
Com a mesma tendência mitológica
Dos titãs caçadores de aventuras.
......
@Copyright by Rafael Rocha - Recife-PE
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