domingo, 3 de junho de 2012

MORTE DOS DEUSES

Morreram os deuses! Final de majestade!
Agora só o homem! Não há mais o divino
Criação humana pelo medo da verdade
De que a vida é terra e nunca desatino

De pôr joelhos no chão e orar à divindade
Inexistente peça no ar ao som de um sino
E de valorizar a mais louca falsidade
De uma cruz ao som de um parco hino.

Sobrou dos deuses pelo homem inventados
O Olimpo e o maná do ventre da mulher
Onde podemos cultuar vida e prazer.

Restaram realismos da Vênus condensados  
Em pele e boca e seios e ventres desvairados
Onde o homem sente a vida e seu renascer.     
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@Copyright by Rafael Rocha
Recife, 3 de junho de 2012

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