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As aves do caminho de agora são negras
Tais como o silêncio espacial ao redor
Onde o último ser humano adormeceu
Na esperança insone da incapacidade de amar.
Homem: De joelhos elevou a voz ao céu
Bradou ao deus esperado no seu tempo
E nada caiu do céu desse deus: apenas o nada
Tornou-se real no caminho da sua visão
E o homem:
Bastou perguntar o que era o nada visto
Para descobrir o tudo dentro de si mesmo
E viver e recomeçar em cada paisagem
Como pó de areia incriado no espaço.
E as aves do caminho
Melhores que os homens
Voam e voam e voam
Asas libertas do nada.
.....................© Copyright by Rafael Rocha - Recife, 13 de junho de 2013
Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
ASAS LIBERTAS
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