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Jamais pensei, ó amada
Perder teu beijo na boca
Sentir o quanto eras louca
Para ser minha mulher
E se fazer de safada
Desvario insano gemer
Como se a vida fosse pouca
E ainda por conhecer
O prazer está bem guardado
No teu ventre onde miro
Meu anseio alucinado
De onde meu sonho tiro
E em meus delírios lamento
O coito já malogrado
Por ter sentido o tormento
De apenas ser teu passado
Mas nesse vai vem e volta
Não mais posso viver triste
Nem criar uma revolta
Por algo que não existe
Fostes sonho passageiro
De uma reviravolta
Em um sono trambiqueiro
Onde a saudade persiste
Pois jamais pensei, ó amada
Em saber que estavas louca
Querendo beijo na boca
Para sentir-se mulher
E eu o poeta sem arte
A escrever coisa pouca
Faço só pequena parte
Daquilo que você quer
.....................© Copyright by Rafael Rocha - Recife, 5 de agosto de 2013
Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
PARCELA
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