quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O MENINO AO TEMPO

Um menino? Um homem? Não era nada? Por Deus, era alguma coisa viva. Um feto buscando a luz? Uma esperança a ser ou uma esperança ida?

O menino elevado ao tempo busca uma esperança a ser, mesmo que ela nunca tenha partido.

Na cabeça dos meninos a vida é uma eterna esperança e nunca cresce. O menino um dia será homem, mas se ele conseguir, continuará menino dentro da sua amplitude de pensamento.

Ser um menino é ser um sonho. É ser uma casa na árvore. É ser um relâmpago. É ser um grande jogador de futebol. É admirar o pai e desejar a mãe. É imaginar ser gente grande e sentir que gente grande não sabe viver como menino, pois se preocupa demais com as conveniências. Preocupa-se demais com as “inconveniências” de tudo aquilo a criar uma imagem infantil.

Mas este é um menino e vai ser um homem com pensamento de menino. Assim vai ser um homem quase real, pois ele sabe que todo homem quase real possui algo das esperanças de criança.

O menino não sabe o que é a vida real e faz a vida real crescer a cada instante nos seus gestos marotos, no seu piscar de olhos e nos seus avanços a pedir, a dar, a sentir o tempo.

Apenas o tempo ao qual foi elevado.

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