As águas da cidade buscam caminhos
Ao poço do oceano Atlântico.
Como serpentes dão seu abraço por sob pontes
Aos olhos de homens e mulheres maltrapilhas.
São meus rios tão cinzas e tão sujos
Na busca do seu destino de mar.
Capibaribe, Tejipió, Beberibe...
A cidade vive refletida
Nessas águas que não brilham.
A metrópole se transforma em líquido
Como se mostrando dela a foz
Mostrasse a dimensão irreal de todas as fontes.
A minha alma está nesses rios.
Meus rios são cidadãos da paisagem.
Eles definem no espelho cristalino
Os homens que andam nas margens
E os homens que governam a terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário