Quantas vezes já nos disseram que o tempo é uma abstração parada no espaço? As pessoas que contaram o tempo perderam segundos, minutos, horas, dias e vida. Por tal motivo eu nunca contei o tempo. E por não contar o tempo e por saber que esse idiota é um universo irreal além do meu entendimento, consegui encontrar pessoas que estão dentro de minha existência e que sumiram por motivos que não eram do tempo, mas delas mesmas. Neste 10 de maio de 2008, um encontro marcado, sem ser propriamente encontro, mas um simples evento de amigos de outras épocas, uma avant-premiére de quando os sonhos eram mais formidáveis, de quando a gente pensava que nossas idéias podiam transformar o mundo. Não compareceram todos, mas as idéias de amizade ficaram mais vividas e mais reais do que as idéias de transformações. E as lembranças dos que faltaram vieram em formas de histórias das participações deles em nossas histórias. E os abraços e os apertos de mão e os olhares e as discussões neste 10 de maio de 2008, vinte e sete anos depois, continuaram iguais aos de tempos de antanho. E como estavam iguais, ora porra! Nós ainda continuamos com a mesma vontade de transformar o mundo, mesmo sabendo que este mundo não tem mais conserto, e que ele nos transforma a cada segundo, a cada minuto, a cada hora. E que estamos ficando velhos, apesar de cá dentro de nós a chama da juventude eterna clamar eterna. Gilson, Sebastião, Chico e eu, uma beleza estarmos reunidos e esperando com fé intensa o comparecimento das outras celebridades.
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