Havia no Recife da metade do século 20, sobre as águas do Rio Capibaribe, um restaurante flutuante. Construído sobre um lastro de madeira, assentado em tambores metálicos de duzentos litros, o restaurante era na verdade uma balsa onde existia um salão de madeira, rodeado de janelas e com uma passarela, também flutuante, que dava acesso à avenida Martins de Barros. No piso superior do restaurante, tinha um terraço que servia como mirante aos freqüentadores, que além de serem servidos ao ar livre, podiam contemplar o “... Recife prateado nos céus e nas águas do rio...” Existia ainda um espaço para os clientes dançarem ao som de uma orquestra ou do piano tocado por Baltazar. O restaurante com suas cores em vermelho e branco e decorado com propaganda de bebidas, foi por algum tempo uma atração a mais e um ponto de encontro e lazer nas noites recifenses. Com o passar do tempo o restaurante foi perdendo sua habitual clientela, o que resultou no encerramento de suas atividades. Com isso os nativos e os visitantes ficaram privados dessa opção de lazer tão característica de uma cidade cortada por rios e pontes.
Fonte - ARLEGO, Edvaldo. Recife de ontem e de hoje. [ S. L.: s. n. 19...? ] p.8
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