quarta-feira, 18 de junho de 2008

UM POUCO DO RECIFE - PONTE MAURÍCIO DE NASSAU

Por trás do arco da Conceição vemos a Ponte do Recife (de madeira)

Ponte 7 de Setembro (similar à da Boa Vista) que substituiu a ponte de madeira

Ponte Maurício de Nassau nos dias de hoje

A Ponte do Recife, construída por Maurício de Nassau, durou até 1865. Ela ligava o bairro de Santo Antônio ao bairro do Recife Antigo. Foi a primeira ponte de madeira construída sobre o rio Capibaribe e a primeira de grande porte no Brasil, inaugurada em 28 de fevereiro de 1643. Nas cabeceiras da ponte existiam dois arcos, um do lado do bairro do Recife, Pontpoort (Porta da Ponte), e outro do lado oposto chamado Zuijpoort (Porta Sul) que depois da queda dos holandeses vieram a ser chamados de Arco da Conceição e Arco de Santo Antonio, respectivamente. A ponte possuía uma parte levadiça para permitir a passagem de embarcações, através do pagamento de pedágio, cuja cobrança ficava a cargo de uma companhia holandesa. Sofreu várias reformas e melhoramentos nos anos de 1683 e 1742, e em 1865 foi substituída por uma de ferro (gêmea da nossa atual Ponte da Boa Vista), que se chamou Ponte 7 de Setembro, mas que teve pouca durabilidade, devido à maresia, que lhe causava rápida deterioração. Em 1917, durante o governo de Manoel Borba, a ponte de ferro foi substituída por outra em concreto armado e reinaugurada com o nome Ponte Maurício de Nassau, que se encontra em bom estado de conservação até hoje. Nas suas colunas laterais, existem quatro grandes estátuas de bronze, duas em cada extremidade, duas viradas para o bairro de Santo Antônio e duas para o bairro do Recife Antigo.
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco

domingo, 15 de junho de 2008

UM POUCO DO RECIFE – PONTE DA BOA VISTA

Ponte da Boa Vista atualmente

Ponte da Boa Vista na Década de 30

Considerada a ponte mais típica e original do Recife, liga atualmente a rua Nova, no bairro de Sto. Antônio, à rua da Imperatriz, na Boa Vista. Sua origem é do tempo dos holandeses. Em 1640, o príncipe Maurício de Nassau mandou construir uma ponte por onde os moradores pudessem atravessar o Rio Capibaribe, do continente para a ilha de Santo Antônio, e desta para o Recife, indo e voltando continuamente sem estorvo. Existem nas suas quatro pilastras de entrada, diversas inscrições que registram datas e fatos históricos relevantes de Pernambuco e do Brasil, como a invasão dos holandeses (1630); as Batalhas das Tabocas, de Casa Forte (1645) e dos Guararapes (1648-1649); a restauração de Pernambuco (1654); a Guerra dos Mascates (1710); a Revolução de 1817; a Confederação do Equador (1824); a abdicação de Pedro I e início do reinado de Pedro II (1831). Durante as décadas de 1940 e 1950, a ponte era um local importante na vida social da cidade. Pelas suas passarelas laterais desfilavam as últimas versões de vestidos, chapéus e maquiagens. Surgiram também os fotógrafos do retrato instantâneo, que ofereciam seus serviços e faziam ótimos negócios. Na época, as máquinas fotográficas ainda eram uma novidade. Parcialmente destruída pelas enchentes do rio Capibaribe em 1965 e 1966, a ponte da Boa Vista foi restaurada, em 1967, na gestão do então prefeito Augusto Lucena. A restauração, no entanto, a descaracterizou um pouco. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) embargou a obra, porém suas passarelas já haviam sido alargadas, seus pilares unidos por um revestimento de concreto até o nível da água e toda a estrutura do lastro inferior já havia sido concretada.

Fonte: Fundação Joaquim Nabuco



quinta-feira, 12 de junho de 2008

SPORT É CAMPEÃO! SPORT, SPORT! SPORT!


No dia 13 de maio deste ano vencedor para todos nós rubro-negros, eu escrevi o seguinte neste blog: não vivemos dos louros das vitórias de outros tempos como alguns rivais vivem. O presente rubro-negro de hoje é o futuro dinâmico do amanhã. Neste ano de 2008 conquistamos mais um tricampeonato e completamos o número recorde de 37 títulos no futebol de Pernambuco. Clube nenhum deste Estado chega perto dessa caminhada vitoriosa, e alguns só podem se vangloriar de velhas conquistas, como se fossem fatos recentes. O Sport não! O Sport Club do Recife vive e caminha sob os louros de vitórias mais do que atualíssimas. Possui um passado vitorioso, mas não vive dentro de uma memória dinossáurica, pois o seu presente de vitórias vai construir ainda mais o futuro desta nação de vencedores.

O capitão Durval eleva aos céus o troféu de campeão do Brasil

Hoje, na comemoração desta histórica conquista de âmbito nacional – CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL DE 2008 - as palavras se tornam irrisórias. A emoção manda e desmanda dentro do cérebro de todos nós amantes do Sport Club do Recife. As imagens da vitória de minuto a minuto, como em câmara lenta, atravessam nossa massa cinzenta como a dizer que os herdeiros de Felipe Camarão e de Frei Caneca, sediados na Ilha do Retiro, conseguiram mais uma vez elevar o nome de Pernambuco no mais alto pódio e libertar Pernambuco do preconceito dos suleiros.

Nelsinho Batista, o grande comandante


Hoje, novamente se confirma a máxima de que a turma é mesmo boa, e que por ela o Sport se assegura como o eterno vencedor do futebol pernambucano, sem dever favores a ninguém. O nome de Pernambuco é mais uma vez exaltado por bravos guerreiros. É o Sport, imortal, imortal, que exalta essa terra de brava gente contra os preconceitos dos suleiros de lá de baixo do mapa do Brasil. Novamente repito: o Sport caminha sobre conquistas gloriosas e atuais e seu presente de vitórias está a construir um futuro vencedor para nossos filhos e netos. Para aqueles que sabem escolher seus rumos.

Nossa tradição de glórias ganhou mais um reforço neste 11 de junho

E agora temos de levar em conta a nossa torcida! A NOSSA GRANDIOSA TORCIDA! Ela que leva o time a se superar em campo. Ela que faz os atletas buscarem dentro de si próprios algo mais, muito mais do que poderiam dar em outros clubes. Parabéns torcida maravilhosa! Porém, os heróis principais e que vão ficar em nossa história já estão marcados para sempre no coração de todos os rubro-negros.

Magrão, Cléber, Luizinho Neto, Diogo, Igor, Durval, César, Gabriel, Elias, Dutra, Fábio Gomes, Daniel Paulista, Sandro Goiano, Everton, Júnior Maranhão, ROMERITO, Bia, Luciano Henrique, Kássio, CARLINHOS BALA, Enilton, Leandro Machado, Roger, Reginaldo... ESTAMOS NA LIBERTADORES DA AMÉRICA/2009! Na frente de todos os nossos rivais pernambucanos e nordestinos. TORCER PELO SPORT É RELIGIÃO! É PAIXÃO! É VIDA!
TIME QUE ENTROU EM CAMPO: Kássio, Luciano Henrique, Dutra, Carlinho Bala, Magrão, Ígor, Daniel Paulista, Sandro Goiano, Diogo, Leandro Machado e Durval

Carlinhos Bala enviou o balaço da história

Romerito jamais será esquecido

Grito e grito e grito: SOU CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL! SOU O PRIMEIRO DO BRASIL HOJE!

domingo, 1 de junho de 2008

CAFÉ LAFAYETTE E ESTAÇÃO CENTRAL

Nos anos 20 do século 20, o café mais famoso do Recife era o Café Continental. Mais conhecido como Esquina da Lafayette, por se localizar vizinho à charutaria e loja de cigarros da fábrica Lafayette, na Rua 1º de Março, o Continental era um dos canais de organização e locais de convivência preferidos dos moços e senhores da cidade. Território quase exclusivamente masculino, o Lafayette tinha como clientes, intelectuais, políticos, comerciantes, funcionários públicos, profissionais liberais, estudantes, que se reuniam para debater as últimas tendências da arte e da literatura, discutir política, fechar negócios, contar piadas, escrever versos, ou apenas boatar e comentar a vida alheia. Além da elite recifense, a Esquina do Lafayette tinha também um outro público cativo. Eram engraxates, gazeteiros, agiotas, vendedores de loteria, ambulantes que comercializavam os mais diversos tipos de mercadorias e por lá ganhavam a vida, além dos 5 passadores do jogo do bicho, uma vez que os resultados da poule do dia eram sempre anunciados ali bem em frente, na Rua 1º de Março.

Fonte: Associação Nacional de História – ANPUH XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA. “A sedução da noite nos cafés do Recife dos anos 1920: entre prazeres e transgressões” - Sylvia Costa Couceiro - Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco/MEC – Recife

Em meados do século XIX (1850-1856) foi construída a estação inicial da Rede Ferroviária do Nordeste - RF - e ela foi chamada de Estação Central. Esta construção fica à esquerda do rio Capibaribe e defronte da atual Casa da Cultura (antiga Casa de Detenção), na rua Floriano Peixoto, situada no bairro de São José, no Recife. A Estação Central, posteriormente, teve como objetivo servir à Estrada de Ferro Central de Pernambuco, tendo sido inaugurada no ano de 1888. Foi arrendada à Great Western of Brazil Railway Company, de Alagoas até o Rio Grande do Norte. Cabe ressaltar que a Great Western administrava as ferrovias brasileiras desde o princípio do século XIX. Partindo da Estação Central, as pessoas podiam chegar em diversos pontos do Nordeste do Brasil, tais como o sertão do Cariri, no Ceará; Campina Grande, na Paraíba; as caatingas do Pajeú, em Pernambuco; ou as margens do rio São Francisco, em Alagoas.
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco