terça-feira, 5 de maio de 2009

SENADO INSULTA MEMÓRIA DE DOM HELDER CAMARA



A sessão do Senado Federal, de 29 de abril, foi dedicada à memória de dom Helder Camara, o gigante franzino que enfrentou a ditadura de 1964. Mas, nem morto ele escapou da censura. Estava previsto que, ao final dos discursos dos senadores, o ator Murilo Grossi leria um poema de dom Helder. A peça "Sonhei que o papa estava louco", era um generoso delírio do arcebispo de Olinda e Recife imaginando um papa que, ensandecido, distribuiria um dia as riquezas da Igreja aos pobres. Pois a secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra, não gostou desta licença poética do homenageado. Achando que isso podia ser uma "afronta" à Igreja, representada na mesa pelo ex-arcebispo de Brasília dom José Freire Falcão, Cláudia excomungou a apresentação do ator, que seria vista em todo o país pela TV Senado. Dom Helder não merecia esta afronta. Nem o Senado.
claudiohumberto.com.br

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