sexta-feira, 16 de julho de 2010

ESTAÇÕES DO AMOR


Hoje ao ver-te nua pousada em minha cama
Toco de leve em tua pele e faço andanças vãs
Rolas para o lado, mas tua carne quente chama
A volúpia do meu sangue soltar os velhos cães.

Não resistes e ao abrir teus anseios e precipícios
Fazes meu corpo mergulhar em total loucura
E nas umidades de todos os teus suaves orifícios
Nosso prazer seminal cria um marco de ternura

Do dia-a-dia cansativo assassino da quimera
Dardejada desde os tempos do primeiro beijo
Quando o amor ainda era sonho de primavera

Ainda mantém-se em riste no friorento inverno
Com a nostalgia dos verões repletos de desejos
E ao outono da vida é o mais novo subalterno


© Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 16 de julho de 2010

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