Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
MITO
Se eu puder sorver o cheiro de tua pele...
Se eu puder impregnar teu cheiro em mim...
Ficarei mitificado em todos os delírios
Das minhas horas acendidas e insones.
Não entendes essa vida sobressalente
Trazida por desejo ao teu odor.
Não é amor!
É sonho de algo ausente!
Na insônia de mim vivo indormido
Nas vogais todas de teu belo nome.
Ficarei desmitificado em tua vida
Antes que me abandones!
Sorvo o cheiro de tua pele noite e dia
Mas não acatas isso que me acende.
Não é amor!
É apenas poesia!
Nas noites taciturnas longe do sono
Minhas olheiras amanhã estarão vivas.
Deixa-me cheirar tua pele neste instante!
Deixa-me morrer em tua flor cativa!
@ Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 15 de setembro de 2010
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Um comentário:
Lindo poema...
Forte o sentimento.
Maravilhoso o vosso blog!
Abraço fraterno, amigo.
Karla Mello
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