quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MITO


Se eu puder sorver o cheiro de tua pele...
Se eu puder impregnar teu cheiro em mim...
Ficarei mitificado em todos os delírios
Das minhas horas acendidas e insones.

Não entendes essa vida sobressalente
Trazida por desejo ao teu odor.
Não é amor!
É sonho de algo ausente!

Na insônia de mim vivo indormido
Nas vogais todas de teu belo nome.
Ficarei desmitificado em tua vida
Antes que me abandones!

Sorvo o cheiro de tua pele noite e dia
Mas não acatas isso que me acende.
Não é amor!
É apenas poesia!

Nas noites taciturnas longe do sono
Minhas olheiras amanhã estarão vivas.
Deixa-me cheirar tua pele neste instante!
Deixa-me morrer em tua flor cativa!


@ Copyright by Rafael Rocha Neto, Recife, 15 de setembro de 2010

Um comentário:

Karla Mello disse...

Lindo poema...
Forte o sentimento.
Maravilhoso o vosso blog!
Abraço fraterno, amigo.
Karla Mello