O amor de hoje dança em outros palcos.
Todas as platéias ficam desapontadas.
Ele desenha sólidos geométricos
trazendo inúmeros resíduos subjetivos
dentro de mil corpos andróginos.
E o ser da memória
simiesca ao que nos resta de humanos
fica a vagar nas periferias da vida
observando os abraços dos outros corpos
observando beijos que se consomem
na longa viagem ao país de Eros.
Vai daí que o amor em um só ato
não ousa compreender que é amor...
Nas danças ele faz da carne o precipício
e uma estrutura não muito bem fundada
para fuzilar as intenções do sonho.
Os corpos dançam como libélulas
e o sangue penetra em crescimento
nos desvarios dos milhões de células.
Em todos os atos desse amor
terminam os iludidos
dançando uma partitura
sem regente e sem autor.
...............................................................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 30 de janeiro de 2011
Como se vindos do nada meus pensamentos voaram sobre o Recife nas noites de solidão e de farra. Trouxeram lembranças de velhos amigos, cheiros de mangues, luzes amarrotadas das avenidas, olhares de mulheres e crianças tristes, e o grito de guerra do meu Sport. O Recife se fez gente. Trouxe até mim as mulheres, amigos de bebedeira, poesia e tudo que pudesse apaziguar a mente que não se cansa de pensar. Assim nasceu a palavra vinda de minha rocha.
domingo, 30 de janeiro de 2011
CÁRCERE
No cárcere da minha solidão
Conto os minutos e as horas
Coisas que me separam
De todas as leis físicas.
A noite também padece de grandes males
E não possui heróis para salvá-la
Apenas uma estrela besta e quente
Para possuí-la todas as manhãs.
Se penso muito no tempo eu esmoreço
Quando tenho de ser forte
E viver na minha prisão solitária
Como um assassino das alvoradas.
...............................................................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 30 de janeiro de 2011
Conto os minutos e as horas
Coisas que me separam
De todas as leis físicas.
A noite também padece de grandes males
E não possui heróis para salvá-la
Apenas uma estrela besta e quente
Para possuí-la todas as manhãs.
Se penso muito no tempo eu esmoreço
Quando tenho de ser forte
E viver na minha prisão solitária
Como um assassino das alvoradas.
...............................................................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 30 de janeiro de 2011
DA ÚLTIMA ESTRELA
Colhi a última estrela da noite.
Adormeci feito um novo semi-deus.
O sol apontou à colheita do novo amor.
Esqueci de guardá-la no meu celeiro.
Resta esperar o epílogo do dia
E orar por um engano astronômico.
Desejar a luz da última estrela
Brilhando no meio da próxima noite.
E sem saber onde vão os pensamentos
Ou se estou mais leviano com meus fatos
Após tantas escuridões sem sono
Adormeço sem esperar o fim da noite
E a estrela vendo-me a dormir pela janela
Aprisiona-se nua no meu sonho.
...............................................................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 30 de janeiro de 2011
Adormeci feito um novo semi-deus.
O sol apontou à colheita do novo amor.
Esqueci de guardá-la no meu celeiro.
Resta esperar o epílogo do dia
E orar por um engano astronômico.
Desejar a luz da última estrela
Brilhando no meio da próxima noite.
E sem saber onde vão os pensamentos
Ou se estou mais leviano com meus fatos
Após tantas escuridões sem sono
Adormeço sem esperar o fim da noite
E a estrela vendo-me a dormir pela janela
Aprisiona-se nua no meu sonho.
...............................................................
@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 30 de janeiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)