sexta-feira, 27 de maio de 2011

PODEROSOS VIOLENTAM A DIGNIDADE HUMANA


A dignidade do ser humano continua a ser descaradamente violentada. Desde que terminou a Segunda Grande Guerra, com a vitória dos Aliados, ao contrário da verdadeira e transparente justiça ganhar força, o que se nota é um baixo comportamento ético e moral sendo incrementado cada vez mais. As pessoas pobres, as ricas, aquelas sem distinção de raça, etnia, sexo, opção sexual, gênero e culturas diversas estão a ser agredidas e desprezadas pelos que se dizem donos do dinheiro. Pelos poderosos de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial) os quais continuam a repetir os erros do século XX apoiados pelo Império ianque.

A dignidade do ser humano tem de ser respeitada. Mas isso é algo que não se encontra inserido na cartilha de tais poderosos. A Grande Mídia também tem sua parcela de culpa ao não divulgar a verdade dos fatos. Essa verdade está clara. É a dominação por parte de algumas nações ocidentais, visando perpetuar e impor ao mundo suas regras econômicas, fechando os olhos e os tímpanos aos gritos dos povos famintos e dos Estados subdesenvolvidos e endividados. As regras que recebem o apoio ianque pouco estão ligando para o social planetário. Tais regras só estão ligadas à estabilidade cambial e à resolução dos problemas monetários internacionais.

A recente crise econômica mundial empobreceu muitos países. Mas isso é algo que não foge à doutrina do capitalismo: consumo desenfreado, lavagem e corrupção das mentes através desse consumismo, fato que gera alienação e perdição do verdadeiro pensamento social. A atuação capitalista, hoje, está a levar os seres humanos à demência, quando prega uma igualdade inexistente. Só existe igualdade comprovada no seio de Bretton Woods, da Casa Branca e dos aliados ocidentais desse grupo.

Como foi exposto pela minha amiga Marisa Soveral, em texto no seu blog, no tocante à questão de Dominique Strauss-Kahn, o que está ocorrendo, na verdade, é um festival de grandeza e poder das grandes potências. Seguindo a explanação de Marisa,
Dominique Strauss-Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por ter se tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. Suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transações financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial. Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss-Kahn é acusado, os média já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nessa história.

Concordamos na íntegra com essas palavras. O que está sendo apresentado é um festival de desprezo aos setores “diferenciados” da humanidade. A existência humana está sendo cruelmente vinculada a uma instituição que determina a morte ou a vida dos Estados. Descobriu-se na derrubada de Dominique Strauss-Kahn (devido a acusações de abuso sexual) que existe toda uma estrutura organizada com o intuito de perpetuar a dominação daqueles que se acham “donos” do mundo. Criadas para salvar a Europa no pós-guerra, as instituições onde esses poderosos se abrigam pretendem estender ainda mais seus tentáculos no planeta em nome da cooperação monetária internacional. O Império ganha em termos construtivistas e propagandísticos.

Ficou provado que desde 1946 tudo está combinado, encaminhado e devidamente dominado. Havendo voz discordante afasta-se esta com alguma ação típica do conservadorismo fundamentalista ianque. Não existe igualdade jurídica na partilha do bolo. Assim é de bom tom reivindicar justiça. Devemos continuar a viver algemados dentro de um modelo econômico defasado? Ora, ora! A China tornou-se a primeira economia mundial. A seu lado vemos o fortalecimento e o crescimento econômico do Brasil, da Rússia, da Índia e da África do Sul. Está na hora de repensar o mundo. Está na hora de repensar o modelo baseado nas ideias oriundas da guerra fria, do medo do comunismo, da crise econômica de 1929 e do desmoronamento da economia européia após a Segunda Guerra Mundial.

Acreditamos firmemente que esta é uma questão ética. Temos de promover mais democracia, mais transparência e credibilidade nessas instituições dominadas pelos capitalistas europeus e ianques. Ao encarnarem Dominique Strauss-Kahn como algo egoísta e individualista ocidental, esbanjando dinheiro em sexo num hotel, vimos a perpetuação das injustiças com o único objetivo de fomentar a indústria da miséria e da pobreza extrema nos Estados periféricos do mundo. O que os capitalistas europeus, ianques e Bretton Woods pretendem é impor aos periféricos um modelo de desenvolvimento inadequado e escravagista, defendendo hipocritamente em altos brados os direitos humanos e a boa governança, enquanto agem de maneira diferente nos bastidores.

2 comentários:

soldeinverno.blogspot.com disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Silenciosamente ouvindo... disse...

Essa tese se está confirmando...
E em Portugal foram colocados
dois homens: Vitor Gaspar e
António Borges para darem
seguimento a essa política que
a Alemanha defende e os Bancos.
Saudações
Irene Alves