quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DESORDEIRO

Nunca diga de mim falta de ardência.
Nunca pergunte para mim o que não amo.
Saiba: o meu cantar tem excelência
No tudo verdadeiro que eu proclamo.

Nunca marque em mim as diferenças.
Nunca acentue um verso onde não rimo.
Saiba: por mais que eu não tenha crenças
Sou verdadeiro em tudo que exprimo.

Diga de mim o mais amplo movimento:
Paixão de poeta e amor constante
No espaço dos versos ontem e agora.

Diga de mim aquele louco sentimento:
No beijo, no coito e em ser bastante
Desordeiro da paixão que me devora.

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