terça-feira, 30 de agosto de 2011

TEMPO DE SER

Se a dor de ir nos causa amargura
E devasta o interior de nosso estar
Ainda temos de acatar essa loucura:
O barco de Caronte a nos chamar.

Tendo da morte a certeza definida
Como deter essa tremenda crueldade?
Como fazer um poema à partida
Se a própria vida vai trazer saudade?

Basta ocultar-se na ilusão de ser imortal
Pois no tempo onde pomos pés na terra
Nada de crer na escuridão que ela encerra.

E ser no todo um indivíduo passional
Vivendo célere todo e qualquer instante
Sugando o néctar do prazer inebriante.

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@ Copyright by Rafael Rocha Neto – Recife, 29 de agosto de 2011.

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