Como vou conhecer melhor o abandono
Se a morte enche de terror as madrugadas?
Ainda que sejam coisas exageradas
Estão presentes. São inimigas de meu sono.
O garçom enche o copo e eu abro alas
Olhando ao derredor como se dono
Do prazer de viver espantasse o outono
Desta vida cortejada em falsas falas.
Ninguém olha e eu brindo em segredo
Ao delírio causador do grande medo
De partir para o inexorável nada.
E quando o bar fecha as portas eu lamento:
Pena não saibam os sóbrios o sentimento
Do bêbado a dormir sorrindo na calçada.
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@Copyright by Rafael Rocha - 15 de outubro de 2011
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