terça-feira, 11 de setembro de 2012

HUMANISMO NÃO É RELIGIÃO



Humanismo na esfera religiosa e política? Isso é alguma piada? A ação dos humanistas reais e dos livres pensadores não se inspira em teorias fantasiosas sobre um deus, sua natureza, sobre a sociedade religiosa ou a história dessa sociedade.  Os humanistas reais - como o nome indica - são empiristas. Não são espirituais. São geralmente associados a cientistas e acadêmicos, embora a filosofia não se limite a esses grupos. Eles se preocupam com a ética e afirmam a dignidade do ser humano, recusando explicações transcendentais e preferindo o racionalismo. São ateus e agnósticos.
O humanismo se solidifica quando engloba as necessidades da vida humana, na defesa dos direitos humanos, no afastamento da dor e no aproximar o prazer. Mas a vida humana também se agrega às necessidades de sua previsão do futuro, baseando-se na experiência passada e na intenção de melhorar a situação atual.
Muitos espaços da internet, revistas e jornais falam das ligações de igrejas, governos, partidos políticos seitas e religiões variadas com o chamado “humanismo cristão”. Conversa pra boi dormir! Isso não tem nada a ver com a questão do humanismo real, pois a intenção das igrejas, dos partidos políticos e das seitas e seus assemelhados no mundo inteiro é a de angariar adeptos e mais adeptos para explorar suas consciências e manter seu poder de coerção e mando sobre o homem, ao lado do poder estatal.
A experiência do humanismo não é simples produto de seleções ou acumulações naturais e fisiológicas, como acontece em todas as espécies, mas experiência social e pessoal lançadas para superar a dor atual e para evitá-la no futuro. O trabalho e a luta dos humanistas reais são acumulados em produções sociais, passam e se transformam de geração em geração, em contínua luta para melhorar as condições naturais, mesmo as do próprio corpo. Por isso, devemos definir o ser humano como histórico e com um modo de ação social capaz de transformar o mundo e sua própria natureza.
Cada vez que um indivíduo ou um grupo humano se impõe violentamente a outros, consegue deter o caminho histórico, convertendo suas vítimas em objetos naturais. Então, ao negar a liberdade e as intenções aos outros, converte esses outros em objetos de uso. É isso que a religião faz! É isso que as seitas evangélicas fazem! É isso que a igreja dos católicos também faz! É isso que o islamismo faz! É isso que os governos fazem! É isso que os partidos políticos fazem! Querem tornar o homem objeto para usufruto próprio.
O progresso da humanidade, ainda que em lenta ascensão, necessita transformar a natureza e a sociedade, eliminando a violenta apropriação animal de alguns seres humanos por outros. Quando isso acontecer, passaremos da pré-história para uma plena história humana. Entretanto, não se pode partir de outro valor central que o do ser humano pleno em suas realizações e em sua liberdade.
Por tal motivo, os humanistas reais proclamam a máxima do humanismo universalista através de seu fundador, o português Mário Rodrigues Luís Cobos: "Nada acima do ser humano e nenhum ser humano abaixo de outro". Se for colocado como valor central um deus, um Estado, o dinheiro ou qualquer outra entidade, o ser humano torna-se subordinado, criando condições para seu controle ou sacrifício. Os humanistas reais e universalistas têm claro este ponto. Eles nunca irão fundamentar suas visões do mundo e ações no mundo explorando o homem em benefício próprio. Para eles, o ser humano e suas necessidades imediatas são o objetivo.
O humanismo real e universalista tem como um dos principais valores o de ser internacionalista. Sua aspiração é a de uma nação humana universal, habitando um mundo múltiplo em etnias, línguas e costumes; múltiplo nas crenças, no ateísmo e na religiosidade, completamente laico. O humanismo universal não aceita dirigentes nem chefes e muito menos deseja sentir-se representante de algo divino, inclusive seguir as regras dos ditos representantes do “divino”. Um dos seus principais valores é a filosofia da não-violência ativa como forma de atuar no mundo.
Na luta por um mundo melhor os humanistas verdadeiros - e não os “humanistas chapados pela droga das crenças, pelos governos e pelos políticos” - acreditam numa intenção que move a História em direção progressiva. Apenas isso. E esse acreditar faz com que eles fiquem a serviço do ser humano, enfatizando o problema básico: saber como se quer viver e decidir em quais condições viver.
Portanto, todas as formas de violência física, política, governamental, econômica, racial, religiosa, sexual e ideológica, que desconsideram o progresso humano, e as travas conhecidas como religiões organizadas, partidos políticos e seitas que pululam como macacos-pregos pelo mundo buscando explorar o homem causam repugnância aos livres pensadores e verdadeiros humanistas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O BRASIL E SEU COMPLEXO DE VIRA-LATA

Para que alguém se sinta superior outros devem sentir-se inferiores. Neste mês em que o planeta inteiro faz jactância entre nações sobre a força de seus atletas em uma Olimpíada, esta frase é emblemática. Na realidade, essa é a filosofia onde se incrementa o chamado bullying esportivo em todos os atletas e nações que participam das diversas competições. Sim, porque a intenção maior de todos os participantes é a de se sobrepor uns aos outros através dos esportes.

Observemos e analisemos friamente. Desde que os Jogos Olímpicos foram criados, lá para o fim do século XIX, sempre aparecem apenas três ou dois países monopolizando as medalhas. A quantidade de medalhas que tais países conquistam mostra o poderio de cada um deles. E, sejamos realistas, dentro da geopolítica do mundo esse poderio nada têm a ver com o enaltecimento do espírito esportivo e da capacidade humana de ultrapassar os próprios limites. Tem a ver, sim, e muito: mostrar o poder de uma nação ao resto do mundo! Essa é a verdade.

Os atletas dessas poderosas nações estão na disputa como meros joguetes de uma ideologia política e são garotos-propaganda de grandes marcas. China e Estados Unidos lideram o pódio? Não é novidade alguma! Quais as duas nações mais poderosas do mundo de hoje? Grã-Bretanha em terceiro? Aconteceu algo errado? Não! Tudo caminha dentro do figurino, e para os próximos quatro anos as conquistas deste ano de 2012 vão mostrar quais nações ditarão as regras do jogo na geopolítica mundial.

E o Brasil deverá ficar satisfeito se conseguir, no máximo, dez ou doze medalhinhas. Sim! E como poderemos ser respeitados dentro da geopolítica do planeta com esse número mixuruca de medalhas? Até vaiados nos campos ingleses estamos sendo. Tornou-se moda por lá. Mas o que dizer de um país como o nosso onde a educação física não é mais obrigatória nas escolas? Um país que trata a educação apenas como algo para ser tolerado merece medalha?

E ainda aparecem aqueles a falar: “o que vale é competir”. Incorporou-se na genética brasileira o gosto de ver o lado bom em qualquer tragédia. Isso é complexo de vira-lata. Isso é acomodação. Lamentamos o que perdemos e queremos que o resto do planeta sinta pena de nós. Tanta gente não diz que deus é brasileiro? Só falta dizer que essas faltas de conquistas esportivas são desígnios divinos, ou seja, “foi porque deus quis”. Ainda vão mais longe tentando retirar o mérito de quem nos vence: “aconteceu um apagão". Sempre que qualquer esportista ou esportistas do Brasil perde é "apagão". Nunca a grande mídia diz que é porque os outros foram melhores. A mania nacional é que só perdemos porque deu "apagão", ou seja, nunca perdemos por mérito dos outros. 

A falta de educação adequada, a falta de incentivo governamental, o comodismo e a famosa lei de Gerson tornaram-se fatores preponderantes dentro de nossa nação e do nosso traço de personalidade. No dia em que algo ou alguém resolva inverter esses quesitos, tornando a educação física disciplina obrigatória no currículo das escolas, deixando de acreditar que educar maciçamente o povo em todos os sentidos seja apenas algo a ser tolerado, mas sim que deve ser o maior dos princípios dentro de nossa nação, talvez possamos impor respeito às outras nações em quaisquer disputas olímpicas. Mas até que essa revolução de costumes aconteça e até que seja mudada a forma de governar, continuaremos a lamentar e a justificar como "apagão" as derrotas que acontecem no âmbito de nossa vida esportiva.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

DA LUTA DO POVO VEM A VITÓRIA


Bom lembrar aqui uma frase do cineasta francês Luc Besson, são sempre os pequenos que podem mudar as coisas. A que vem a utilidade dessa frase neste espaço? Vamos dizer que serve para alavancar a luta de quem tem razão, de quem vive com a verdade na palma da mão e na própria consciência, mas não possui grande poder para alcançar de imediato a vitória. Assim, todos os pequenos são necessários para a luta. O povo faz parte desse grupo, pois é nas costas do povo que os poderosos curtem suas ganâncias e seus desejos de opressão.

Há alguns anos foi criada uma separação entre Ocidente e Oriente, na bela cidade de Berlim. Chamava-se Muro de Berlim, cuja edificação cortava quintais de casas, dividia calçadas, atravessava cemitérios e violava túmulos. Sem esquecer que cerceava a liberdade e a soberania humanas. Na noite de 9 de Novembro de 1989, depois de 28 anos de existência, os pequenos se uniram e mostraram o quanto a união faz a força. O muro começou a ser demolido através dos pequenos, jamais através dos poderosos. A queda dessa construção trouxe espaços novos para novas concepções e horizontes. Não só para os habitantes circundantes a ele. O restante do mundo também foi afetado com a sua queda.

Os pequenos grandes homens uniram-se e buscaram reconstruir uma de há muito esquecida identidade livre. A destruição desse muro ganhou dimensão mitológica porque aconteceu pelas mãos do povo. E novamente como disse o cineasta francês Luc Besson: Quem deitou abaixo o Muro foi o povo nas ruas!

Queremos lembrar, aqui e agora: outros muros existem. E são muros contra os quais a raça humana tem de lutar sob outra perspectiva. Perspectiva muito mais dura, por ser menos explícita. Sim, outros muros esperam pelos pequenos grandes lutadores para serem derrubados. Os perfis desses muros ferem a dignidade humana de tal forma que não se tem ideia de onde eles começam. Sabe-se que não têm e muito menos pretendem ter fim. Seus criadores esperam que durem por toda a eternidade humana.

Esses novos muros da vergonha estão sendo erguidos por homens e mulheres, governantes ou não, os quais se vestem como defensores dos pequenos grandes lutadores. Na verdade, esses homens e mulheres, ou são judas, ou são marionetes ou representam chefetes subordinados a alguém maior. Esses novos muros da vergonha vestem a roupa capitalista, fascista, religiosa, fundamentalista e opressora, e seus camelôs vendem um mundo ou mundos carnavalizados de falsas esperanças. Mundos repletos de pão e circo. Principalmente, com a inclusão do medo nas consciências. Medo de pecar contra um deus fantástico, medo de viver em total plenitude e harmonia humanas, medo de morrer e ganhar um inferno só existente devido à invenção dos donos das seitas e das religiões para melhor dominar o homem através de um mito divino.

Sim. Esta é a verdade. Tem de ser criada uma nova e mais profícua historia para a humanidade. Os martelos e as picaretas do povo, dos pequenos grandes homens, têm de estar a postos e sempre bem afiados para derrubar os novos e vergonhosos muros que estão sendo erguidos para limitar a liberdade do homem de pensar por si mesmo, de criar, viver, amar e sentir prazer.

Até quando o muro da homofobia, com seus casos esdrúxulos, será mantido em pé pelos governantes, homens e mulheres, e pelos fundamentalistas religiosos, católicos, protestantes, muçulmanos e outros mais? Até quando os donos do muro da mentira irão extorquir e enganar a população em nome de um deus, com a promessa de um mentiroso lugar no paraíso? Até quando o muro da discriminação irá negar às mulheres salários iguais aos dos homens? Até quando serão discriminados em classes diferenciadas os que têm e os que nada têm? Até quando a doutrina do muro do medo fará os pequenos serem explorados até a medula por aqueles que se dizem seus pastores, padres, protetores, governadores, parlamentares e presidentes?

São esses alguns dos novos muros que estão a dividir a sociedade humana. Mas existem muitos outros. E parodiando o poeta, lutar é preciso. Ainda que tais homens nos prometam Pasárgadas muito mais atraentes numa dimensão além da vida, o ser humano comum deve manter-se armado com suas ideias de humanidade aqui no planeta Terra. Não devemos deixar que novas e cruéis serpentes petrificadas, como era denominado o Muro de Berlim, dominem, com suas farsas, as nossas consciências.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

OS AUDACIOSOS PARASITAS DA FÉ

Os exploradores da ingenuidade humana continuam cada vez mais audaciosos. Escondidos em uma capa de cristandade e nas fachadas de suntuosos templos eles não fazem outra coisa a não ser sugar a vida dos outros com ideias errôneas e tirar proveito financeiro da crendice das pessoas. E enchem a cabeça dessas pessoas com promessas impossíveis de serem cumpridas. Criam leis apenas buscando o lucro monetário. Um exemplo é o de estabelecer nas cartas magnas dos Estados da Federação imunidades tributárias para as religiões que eles criam. Aproveitam-se disso para ganhar a cada dia mais dinheiro à custa da ingenuidade popular, vendendo um paraíso celeste, prometendo cura de doenças, desde que o crente pague um dízimo específico.

São parasitas! São criminosos! São charlatães que de há muito deveriam estar atrás das grades. A atuação deles sempre foi do conhecimento dos governos de nossa terra brasílica. Isso vem ocorrendo há muito tempo. Tornou-se praticamente institucionalizada em nosso país a cobrança de dízimos pelas religiões constituídas a troco de após a morte o fiel ter um lugar contemplativo e maravilhoso junto de um criador que nem sequer dá as caras.

Pastores que se dizem representantes de um deus magnânimo, justo, onisciente e bom, cobram dos fiéis, dinheiro, jóias, carros ou qualquer outra coisa que eles tenham de valor. Caso os fiéis neguem o pedido mandam-nos literalmente para junto de um imaginário cara denominado de satanás, fato que preocupa ainda mais as mentes ingênuas dessas pessoas que não desejam de forma alguma morar depois da morte na casa de enxofre dessa figura. Vale aqui lembrar a frase de Nietzsche
“o homem religioso pensa somente em si mesmo”.

Lamentável que ainda vivamos numa sociedade tão repleta de parasitas. Porém, ainda iremos viver por muito tempo em tal tipo de sociedade, pois a falta de conhecimento, o analfabetismo, a ignorância não serão erradicadas pelos nossos governantes, por serem armas utilizadas por eles para se manter no poder. No momento em que o ser humano angariar algo acima de um quarto de conhecimentos verá que todo esse prometido mundo divino e a mitologia que o envolve é uma grande farsa. Farsa utilizada pelos seus próprios governantes que não abrem mão de ter ao lado tais parasitas e o dinheiro desses parasitas, pois não seria de bom alvitre ir numa eleição contra a massa catequizada por eles.

Já foi divulgado há muito tempo pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, tendo como base dados bancários e fiscais, que determinada seita movimenta aproximadamente R$ 1,5 bilhão por ano no Brasil. Essa seita arrecada esse dinheiro dos seus fiéis por meio de dízimos. São milhares de ingênuos espalhados em milhares de cidades brasileiras e frequentadores de 5 mil templos. Esses parasitas da fé entregam até diploma dizimista abençoado pela máxima entidade divina, aos fiéis de sua igreja, o que se torna um fato até certo ponto hilariante se não fosse verdadeiro. E o simples homem que sai de casa em busca de uma graça é malbaratado em sua ingenuidade com o avanço em seu bolso e em suas condições financeiras. Tudo para colocar em elevados altares um deus e sua doutrina. Essa riqueza ou esse dinheiro é depois depositada em paraísos fiscais para, a seguir, retornar ao Brasil em forma de contratos para a aquisição de empresas. Esses parasitas enriquecem utilizando o charlatanismo e muitos dos seus defensores são parlamentares e estão representando diversos Estados brasileiros no Congresso Nacional.

Infelizmente, isso é apenas um reflexo do atraso em que vive o País. Um país que não cobra impostos às religiões nele legalizadas, seitas que inauguram diariamente templos e templos, a torto e a direito para locupletar seus líderes charlatães com o dinheiro do povo. O Brasil não possui governantes ligados aos interesses maiores da nação. Enquanto a segurança pública, a saúde, a educação e demais setores sofrem com a falta de recursos, os parlamentares digladiam entre si no Congresso e nas casas legislativas pelo simples prazer de alcançar o poder pelo poder. Para a massa ingênua só resta ficar ajoelhada em altares e aceitar a máxima:
Essa é a vontade de Deus! Mas, na realidade, se deus ou deuses ou demônios existem, eles riem e zombam da ingenuidade humana.

terça-feira, 26 de junho de 2012

ESCRAVIDÃO MENTAL DA RAÇA HUMANA

A esperteza dos opressores da raça humana é ampla. Eles utilizam todos os meios para manter o homem preso numa escravidão mental. Essa escravidão é pior do que a escravidão física pelo motivo de ser abstrata. A escravidão física é explícita. Na escravidão mental, o opressor se disfarça com falatórios de ideais, amor, fé, liberdade, e ele mesmo (o opressor) se faz mentor espiritual, intelectual e governamental.

Quem oprime nossa liberdade vive perto de nós, criando a cada dia que passa novos métodos para nos manter mentalmente escravizados. Nossos opressores agem na sombra e se utilizam de chavões como liberdade, amor, igualdade, fraternidade e caridade para insuflar os ingênuos contra aqueles que pensam. Se esses ingênuos do mundo raciocinassem melhor veriam que o termo caridade é uma forma de mascarar uma falsa liberdade. Exatamente porque em um mundo onde todos fossem iguais não precisaria existir a caridade. A caridade só é necessária em um mundo desigual.

Nossos opressores fazem com que os homens do mundo acreditem que são livres. Esses defensores da escravidão mental usam o orgulho e a vaidade a favor deles. Estão infiltrados nas escolas, nas universidades, nos legislativos, no judiciário, nas instituições de todos os governos. Eles escravizam o homem através da cultura do medo, da divisão e da crença.

O escravo mental jamais vai descobrir sua escravidão. Pode ler que não entenderá. Pode ouvir que não escutará. Jamais irá descobrir que a religião é um crime, pois aprisiona a mente humana. Jamais vai ser realista e gritar aos quatro ventos que a TV é o chicote do opressor moderno. Já observaram que todo opressor que se preza luta por concessões de canais de televisão? Os opressores odeiam os rebeldes, os questionadores e os pensadores. Privatizaram o planeta e vendem os espaços do planeta a quem pagar mais. Inventaram o dinheiro. Inventaram os juros para terem mais escravos mentais.

A intenção é destruir todo e qualquer espaço onde existam livres pensadores. E estão atuando com força total contra aqueles que lutam e denunciam a servidão moderna. Sabemos que o planeta Terra foi ofertado de graça pela natureza aos homens. Sabemos que a Terra fornece alimento de graça, mas os escravos mentais estão pagando por tudo que a Terra lhes oferece. E o mais grave de tudo é que aquele que cobra pelo que a Terra oferta não é o criador nem o dono da Terra.

É preciso que as pessoas defensoras do livre raciocínio se ajuntem no pensamento de que os opressores não suportam o grito de libertação, e assim vão usar todas as estratégias de domínio para continuar a sugar as ideias que buscam a defesa do homem, da cultura humana e do planeta Terra.

Uma das formas utilizadas por eles (e bastante antiga por sinal) é de jogar os homens uns contra os outros, acionando mentiras as mais diversas de tal modo que a destruição seja plena e que eles (os opressores) possam aparecer como os salvadores da pátria, posando de bons samaritanos, defendendo a ideia de um governo justo, de leis igualitárias e de um deus bondoso e onisciente. 

Temos de ficar de olhos bem abertos! Continuamos a viver num mundo selvagem, cuja vida é selvagem e dominada pelo capitalismo selvagem. Mas isso acontece porque a grande maioria dos homens se deixou dominar e aceitou a selvageria como animais que precisam consumir, consumir e consumir. Devemos defender nosso direito de dizer não à selvageria, ao capitalismo, à religião e aos nossos opressores. Devemos defender a liberdade total do homem!

domingo, 3 de junho de 2012

MORTE DOS DEUSES

Morreram os deuses! Final de majestade!
Agora só o homem! Não há mais o divino
Criação humana pelo medo da verdade
De que a vida é terra e nunca desatino

De pôr joelhos no chão e orar à divindade
Inexistente peça no ar ao som de um sino
E de valorizar a mais louca falsidade
De uma cruz ao som de um parco hino.

Sobrou dos deuses pelo homem inventados
O Olimpo e o maná do ventre da mulher
Onde podemos cultuar vida e prazer.

Restaram realismos da Vênus condensados  
Em pele e boca e seios e ventres desvairados
Onde o homem sente a vida e seu renascer.     
.............
@Copyright by Rafael Rocha
Recife, 3 de junho de 2012

SEGREDOS DE PAIXÃO

Ah, mulher de quantas tenho visto
Nua e morena, coxas/pernas vastidão!
Planície pele onde eu perco a razão
E grito louco: Por que não conquisto
A fonte sal do prazer onde persisto
O deslizar a saliva de minha boca
Na carícia mais fantástica e louca?
Mas não fujo e jamais desisto
Em pousar nela olhos peregrinos
Em ver na mente os nossos destinos
Numa cama macia a se enrolar
No gemido maior e mais coeso
A fazer de dois um só corpo preso
Em segredos de paixão a revelar.
............
@Copyright by Rafael Rocha
Recife, 3 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ALIENAÇÃO DO HOMEM NAS REDES SOCIAIS

Os agentes do capitalismo são inventores de moda. A cada ano eles inventam uma moda nova. Para quê? Pergunta simples de responder. Para promover a alienação total das mentes que ainda buscam pensar, principalmente as mentes jovens. Assim, essas modas cibernéticas criadas pelo capitalismo canibal instrumentalizam um padrão de agir para a juventude do mundo e até mesmo para mentes mais velhas que se julgam vacinadas contra esse tipo de idiotização.

Exemplos disso estão ao nosso alcance. As redes sociais que dominam as mentes de hoje. Redes que sugestionam as pessoas a pensar apenas de uma forma. O Orkut (já em trâmites de óbito), o Facebook e outras assemelhadas. Nesses espaços o ser humano firma um contrato e abdica de tudo que é dele. Até mesmo de sua privacidade. Telefones, nomes, sobrenomes, endereços, opiniões políticas e religiosas, tudo isso é gravado nessas redes. Um dia, e espero que isso não aconteça, os serviços de informação capitalistas poderão utilizar todos esses dados contra o otário orkutiano, facebookiano e assemelhados.

Tem mais! Existe ainda o patrulhamento ideológico! Tudo criado do mesmo jeito que a Alemanha nazista criou. Assim, os informantes e principais delatores são os próprios usuários dessas redes. Na Alemanha nazista os cidadãos denunciavam amigos e vizinhos à polícia secreta de Hitler. No Facebook e assemelhados, o uso do politicamente correto faz a patrulha do ser humano. E quando um denuncia o outro com algum texto contra, ou com uma curtição genérica ou com um compartilhamento está fazendo apenas aquilo que a Staci de Hitler levava os cidadãos alemães a fazer. 

Portanto, o Facebook e os demais são redes sociais, sim. Mas redes de vigilância e de informações. Um autêntico Big Brother internético. E o povo, idiotizando-se a cada momento, ainda acha interessante e bonito mostrar ao mundo as fotos de seus amigos e familiares como se estivesse participando de uma sociedade perfeita. Alguém já comentou e eu concordo: nós somos na realidade um bando de Homer Simpson’s, imbecis ad infinitum.

É de estarrecer! Como é que se aceita de forma tão passiva o controle midiático em todos os aspectos pessoais de nossas vidas? Como é que se pode aceitar que lá do Vale do Silício um grupo de capitalistas fique se endinheirando à custa da idiotização e alienação da mente humana? A que ponto a humanidade chegou! Os planos capitalistas estão mais do que perfeitos e tais planos têm a pretensão não de divertir a plateia, mas de levar essa plateia a ser dominada social, política e culturalmente.

Diferente do que faço neste blog, onde procuro realçar a grandeza e a liberdade e a história verdadeira do homem neste planeta, todas as demais redes sociais são meramente criações para dominar e idiotizar o ser humano. O Homer Simpson brasileiro está sendo padronizado de tal forma que em pouco tempo nada mais restará de sua realidade. Ficará exposta nos arquivos do Vale do Silício a vida de cada um, brasileiro e brasileira que atuam nessas redes. Assim, milhões de cabeças verdes e amarelas deixarão de pensar e seguirão o padrão da alienação pura e simples.

Tudo isso, por incrível que pareça, irá garantir um alto lucro para os senhores do mundo. E esse pessoal que ficar controlado não achará nada demais isso, pois estará desejando sempre e sempre ser integrado como um rebanho bovino na construção dessa nova ordem mundial. Fujamos disso enquanto há tempo! Sejamos seres pensantes e não idiotas manipulados!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A SOLIDÃO COMO COMPANHIA


Texto do filósofo Henry David Thoreau

Considero saudável estar só na maior parte do tempo. Estar acompanhado, mesmo pelos melhores, cedo se torna enfadonho e dispersivo. Adoro estar só. Nunca encontrei um companheiro tão sociável como a solidão. Estamos geralmente mais sós quando viajamos com outros homens do que quando permanecemos nos nossos aposentos. Um homem quando pensa ou trabalha está sempre só, deixai-o pois estar onde ele deseja. A solidão não é medida pelas milhas de espaço que separam um homem e os seus congêneres. 

O estudante verdadeiramente diligente de um dos enxames da Universidade de Cambridge está tão solitário como um derviche no deserto. O agricultor pode trabalhar sozinho no campo ou nos bosques durante todo o dia, mondando ou podando, e não se sentir solitário porque está ocupado; mas quando chega a casa, à noite, não consegue sentar-se numa sala sozinho, à mercê dos seus pensamentos. Tem que ir onde possa “estar com as pessoas”, distrair-se e ser compensado pela solidão do seu dia; e, assim, interroga-se como pode o estudante estar só em casa durante toda a noite e grande parte do dia sem se aborrecer ou sentir-se deprimido. Mas ele não entende que o estudante, se bem que em casa, ainda está a trabalhar no seu campo, a podar os seus bosques, tal como o agricultor o faz nos seus e que, por seu turno, procura a mesma diversão e companhia que este, embora eventualmente de uma forma mais condensada.

Ouvi falar de um homem perdido na floresta e a morrer de fome e de exaustão ao pé de uma árvore e cuja solidão era aliviada pelas visões grotescas com que, devido à fraqueza física, a sua imaginação doente o rodeava, e que ele acreditava serem reais. Assim também, graças à saúde e à força física e mental, podemos sentir-nos continuamente animados por uma companhia semelhante, se bem que mais normal e natural, e chegarmos à conclusão de que nunca estamos sós.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A IDIOTIZAÇÃO VEM DAS RELIGIÕES

Trago à baila aqui neste espaço uma crítica a uma frase de triste construção postada no Facebook. Uma mulher chamou a filosofia de primitivismo. Estudar filosofia é primitivismo, segundo ela. Mas uma vez comprovei o quanto existe de ignorância no espaço internético. E, mais ainda, que o Facebook está a se transformar em um novo Orkut, englobando gente que se idiotiza a si mesma e que pretende idiotizar aos outros.

A pessoa que alcunhou a filosofia como primitivismo não gostou nada de saber da possível existência de uma igreja denominada Assembléia de Zeus (uma simples brincadeira dentro do Face), onde se diz interagir através da filosofia socrática. Tal pessoa não possui discernimento nenhum sobre o fato de que primitivismo real tem ligação direta com as religiões organizadas – católica, evangélica, espírita e outras – que pregam a ilusão da existência de um deus único e verdadeiro. Isso sim é que é primitivismo.

A filosofia não vende nenhum deus como as religiões acima relacionadas. A filosofia não cria nenhum deus, filho unigênito, virgem santa, espírito santo, nem se prende a bíblias ou congêneres. E muito menos busca enriquecer à custa do povo. A filosofia é a arte de pensar, coisa em falta no mundo de hoje. Façamos como Sócrates e perguntemos. Questionemos. Devemos questionar tudo. “O que é isso?” Sócrates jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade e com as crenças mantidas inquestionáveis pelos seus conterrâneos. Na realidade, Sócrates desconfiava das aparências e procurava a verdade das coisas.

Sim, o mundo está a precisar de pensadores. O mundo precisa sair da mediocridade e das asneiras criadas por tantas religiões. O mundo precisa exercitar o livre pensar, principalmente, nós, brasileiros, que sofremos com a falta de uma educação humanista e filosófica. O Brasil jamais será um país civilizado se não exercitar a filosofia. Pensar nos leva a conquista da liberdade de todas as amarras e subserviências. Pensar ajuda a se libertar dos preconceitos e das discriminações.
   
Portanto, façamos como Sócrates. Auxiliemos as pessoas a libertarem suas mentes das meras aparências. Que elas direcionem seus cérebros na busca da verdade, mas também na busca do conhecimento interior: “Conhece-te a ti mesmo!”. Nessa linha de raciocínio, Sócrates mostrou como era importante a atitude crítica. Disse, e isso é muito necessário para nosso entendimento, que só estaremos aptos a conhecer a verdade, sendo críticos de nós mesmos, reconhecendo nossa ignorância: “Só sei que nada sei”. Desse ponto chega-se à conclusão que a filosofia está voltada para os momentos e situações críticas.

Assim, seguindo os princípios da filosofia socrática, voltemos nossos pensamentos para as questões humanas no plano da ação, dos comportamentos, das ideias, das crenças, dos valores. Preocupemo-nos com as questões morais e políticas. E mais: o ponto de partida da filosofia é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz de reflexão. Como se trata de conhecer a capacidade de conhecimento do homem, a preocupação se volta para estabelecer procedimentos que nos garantam que encontramos a verdade, isto é, o pensamento deve oferecer a si mesmo caminhos próprios, critérios próprios e meios próprios para saber o que é o verdadeiro e como alcançar a verdade em tudo o que investigamos.

domingo, 22 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

NASCIMENTO DO POEMA

Cheguei da rua ainda a pouco vindo da noite
E dos bares e das conversas com a solidão
E trouxe comigo uma diversidade de sonhos.
*
Agora nada mais é impossível
Nenhum prazer noturno irá matar
Antigos e velhos anseios de minha vida.
Não haverá mulher onde eu não teça
Aquela carícia sutil que ela mereça
Não haverá copo vazio na mesa do bar
E serei tripulante de todos os navios dos portos
E ainda que não saiba dançar, dançarei
Qualquer bolero, rumba, samba, valsa...
Perdi o tédio de estar só
Perdi esse tédio para sempre
Pois o poema que nunca consegui escrever
Nasceu.
**
Eu nem sabia como ele era antes de chegar da rua
E dos últimos goles de cerveja no bar da esquina
O poema nasceu como sendo minha verdade.
***
Agora a meta maior será cravar o som
Da palavra intensa do verso desconhecido
E do beijo que a mulher da rua deu em minha boca
E da fenomenal foda sob a luz das estrelas.
O poema resolveu ressuscitar as virgens
E fazer o poeta venerar as putas
Mais desmioladas de suas bebedeiras.
Agora a espera deixou de ser tardia
O verdadeiro poema nasceu como queria
Dançando, dançando, dançando
E desejando viver mais e mais os momentos
O poema que nunca consegui escrever
Nasceu.
****
Chegou da rua e comigo da solidão de uma noite
E cheirando à mesa de bar e às conversas
Dos sonhos mais intensos de minha vida.
*****
Agora a sensação de ser e estar aqui é insana
A palavra do poema fez a noite ficar mais longa
E todas as cervejas deglutidas desse momento
Acabaram por sentir que um dia deixarei de ser
Agora não haverá mão que eu deixe de segurar
Nem uma boca a deixar de cantar a canção
Agora não haverá um menino a me vigiar
Nem guerras para incomodar minha razão
O poema veio de dentro da noite vivaz e limpo
E de tão súbito fez meu corpo tombar na rua
Na busca de entender o motivo de ser um poema
E de a vida quase sem motivo fazê-lo
Nascer.
******
Trouxe tudo dele
Ensinou tudo dele
Mas não disse quem era.
...................
@Copyright by Rafael Rocha
Recife, 6 de abril de 2012

CERVEJA


Dia estranho e no curtir minha solidão
Penumbra para cantar um triste fado.
Navegar pensando na perpétua escuridão
De um futuro sem ter ninguém ao lado!

Fazer o quê? Faz a pergunta o coração!
Habitante mais que desassossegado.
Corpo vivo que busca uma razão
De ser e não ser para a vida ir ao passado!

E então de repente uma voz me fala
E num átimo meu espírito reanima
Quando exclama e diz que eu bem veja:

Nada de triste ao construir tua rima!
Pois o poeta jamais, jamais se cala
Se tiver por companhia uma cerveja!
...................
@Copyright by, Rafael Rocha - Recife, 6 de abril de 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

A MAIOR MENTIRA DE NOSSA HISTÓRIA


Dia 1º de abril. É este dia que pretendemos lembrar aqui. Eis a data negra da história brasileira forjada nos quartéis e por civis locupletados com o capitalismo internacional e com o imperialismo ianque. Esta é uma data que jamais deve ser esquecida. É uma data verdadeira onde aconteceu algo horrendamente verdadeiro, criado por pessoas verdadeiras que levaram a nação brasileira durante mais de 20 anos a ver seus patriotas, jovens e velhos, homens e mulheres, serem perseguidos, assassinados, torturados e vigiados pelos usurpadores do poder democrático. A mentira era o que eles pregavam. Mentiam quando diziam defender os ideais democráticos. Falsearam até a data do golpe, repuxando-a para o 31 de Março no intuito de iludir a população.

Primeiro de Abril não pode ser relegado ao esquecimento. Tudo aquilo que estamos a sofrer na pele, hoje, tem ligação direta com o golpe militar que extinguiu nossa engatinhante democracia da época e com os 21 anos da ditadura dos homens fardados que prenderam, arrebentaram, mataram e torturaram. E enquanto torturavam e assassinavam os idealistas, apenas porque estes sonhavam com um país democrático, os títeres civis e os castrenses buscavam agradar às corporações estrangeiras, estas sim as grandes beneficiadas com o golpe.

A sociedade brasileira foi enganada durante anos pelos militares e civis golpistas. Eles falseavam tudo, fingiam e divulgavam que nada estava acontecendo de ruim no país e para isso tiveram a mídia como cúmplice. Tal mídia, quando não se calava por conta própria ou ficava ao lado dos títeres, era abafada pela censura. Se hoje vivemos em um país mais democrático, o mérito todo é daqueles que lutaram pela legalidade, muitos sendo assassinados, torturados e perseguidos nos anos de chumbo iniciados em 1º de abril de 1964. Portanto, essa história nunca deve ser esquecida. Temos de repassá-la para nossos filhos e estes para nossos netos. Eles devem saber de tudo para que tal fato não mais se repita e que possamos construir nossa história futura conhecendo bem o nosso passado.

Não custa nada, para finalizar, citar aqui a frase dita por Hannah Arendt: "Não há esperança de sobrevivência humana sem homens dispostos a dizer o que acontece...".

quarta-feira, 28 de março de 2012

A LÓGICA DA REPRESSÃO E DO CRIME

Hoje, 28 de março de 2012, marcamos no calendário 44 anos que a polícia da ditadura militar assassinou o estudante Edson Luís, na cidade do Rio de Janeiro. Como ainda acontece nas polícias militares de todo o país a lógica da repressão e do crime ainda é um fato. Nesse dia a Polícia Militar do Rio de Janeiro não atuou como força pública.  Agiu como um bando de assassinos. Como bem salientou o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro em sua edição de 29 de março de 1968, a PM entrou em cena atacando “jovens desarmados, atirando a esmo, ensandecida pelo desejo de oferecer à cidade apenas mais um festival de sangue e morte. A Polícia Militar conseguiu coroar, com esse assassinato (...) a sua ação, inspirada na violência e só na violência”. Pouco mudou nos dias de hoje. Para honrar a memória de Edson Luís temos o dever de lutar por uma nova concepção de segurança pública e não esta que continua a se concentrar nos ditames da ditadura militar.  
Leiam mais em: http://josekuller.wordpress.com/15-edson-luis-ano-1968/

quinta-feira, 22 de março de 2012

A DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO

O politicamente correto é uma tremenda burrice porque condiciona todo mundo a pensar e a agir de uma forma só. A forma é e será aquela que os defensores dessa burrice consideram correta, como se eles (os defensores) fossem os donos da verdade. Pelo pensamento politicamente correto mata-se a crítica e torna a oposição a algo ou a alguém como algo abominável. Burrice que enche saco e planta raízes. Seus defensores querem que todo mundo faça parte de um consenso (o deles) e que imponha a si mesmo votos de silêncio. Este é um novo tipo de condicionamento ditatorial.

Assim, o futuro da liberdade de pensamento do homem está em jogo. A imposição de um ponto de vista particular para tornar-se única verdade universal é uma estupidez das grandes. E obrigar todo mundo a compartilhar essa estupidez fere a liberdade de pensamento. Resumindo, viver seguindo o politicamente correto é viver de rabo preso a uma ideia única e não possuir ideias próprias e voz própria. Tem algo chamado de patrulhamento. Antes era patrulhamento ideológico. Hoje mudou muito pouco sua pompa. É a patrulha do politicamente correto. É o  AI-5 dos dias atuais. Por essa cartilha todo mundo tem de falar como manda o manual.

Uma grande merda! E não venham reclamar de mim por escrever assim! Repito: é uma grande MERDA! Pois ninguém tem o direito de policiar as ideias de ninguém. Abaixo a ditadura do pensamento! E abaixo o "politicamente correto" também! Vejam no diálogo abaixo, como um patrulhador do politicamente correto se comporta:

- Boa tarde, senhor! Por favor, preencha esta ficha!

- Não vai dar! Você me chamou de senhor! Você me prejulgou. Você me chamou de idoso. E mostrou nas entrelinhas que eu sou uma pessoa com status social superior ao seu! Assim não dá!

- Peço desculpas! Quis apenas ser respeitoso!

- Rapaz, eu estou aqui para fazer uma compra. Não estou aqui procurando respeito. Quem gosta desse tipo de tratamento é burguês metido a nobre.

- Então como devo chamá-lo?

- De cidadão, de camarada, de companheiro, qualquer coisa assim! E, olhe, aqui nesta sua ficha esta incorreção que eu tenho de preencher. No item “qual o seu sexo” constam apenas duas alternativas.

- E existe outra alternativa, cidadão?

- Muitas! Aqui devia ter apenas "qual a sua orientação sexual" com um espaço em branco para ser preenchido.

- Ai, ai ai, a coisa está ficando preta!

- Cuidado, rapaz, você não deve usar essa expressão. Essa expressão define um quadro confuso, pois alude aos negros. Perdão, agora eles são afrodescendentes. Essa expressão "a coisa está ficando preta” é uma expressão racista.

- Ai, ai, ai, meu Deus!

- Fique calmo! O que você acabou de exclamar agora também é politicamente incorreto. Tem muita gente no mundo que acredita em outro deus. Como outros que cultuam vários deuses e também os que não acreditam em deus nenhum. Por outro lado, por que o seu deus atenderia particularmente ao seu chamado?

- Com licença, cidadão. Mas não posso ficar aqui conversando. Tenho de trabalhar.

- O que você quis dizer com isso? Que eu não tenho trabalho? Só porque estou vestido como uma pessoa mais jovem, como um estudante?

O mundo está hipócrita mesmo. E hipócrita demais. E intolerante! O politicamente correto é simplesmente uma merda foda inventada por homens e mulheres almofadinhas hipócritas. E quem segue o politicamente correto são homens e mulheres almofadinhas hipócritas também. Podem me chamar de politicamente incorreto. Será até um elogio que me fazem. Antes de tudo eu sou livre! E não tolero os intolerantes e consensos hipócritas. Dentro desses consensos criaram uma cartilhinha com aproximadamente 96 palavras consideradas pejorativas, entre elas: beata, comunista, funcionário público, preto, anão, bicha, viado. Delírio totalitário! Estão querendo reinventar o idioma português expurgando termos consagrados e dificultando o trabalho dos escritores no uso de metáforas. Será que vão processar Chico Buarque porque na música “Meu Caro Amigo” ele diz a um exilado que aqui “a coisa está preta”?

Pelo visto, chamar um político de ladrão é politicamente incorreto, pois ladrão é o indivíduo pobre que rouba. Político deve ser chamado de corrupto; Maconheiro é um termo ofensivo a quem é usuário de maconha, ou para quem defende a legalização da mesma; Palhaço é um termo que ofende a dignidade do profissional que trabalha no circo, até que faz sentido, se comparado com os outros casos citados; Barbeiro é ofensivo ao profissional da barbearia. Aliás, por que será que o motorista ruim é chamado de barbeiro? Sapatão é um termo depreciativo às mulheres homossexuais, o termo correto a se usar deve ser lésbica; Viado é um termo que ofende os animais chamados veados. O termo correto deve ser gay.

Pelo que vejo e conheço neste mundo atual regido pelo patrulhamento do politicamente correto é uma troca de palavras simples e curtas por expressões longas e até mesmo complicadas para pronunciar. Portanto, a palavra negro, tão simples e de apenas duas sílabas, é substituída por afro-descendente com seis sílabas e a palavra deficiente é trocada por portador de necessidades especiais. Claro que defendo a existência de razões corretas para não usar palavras carregadas de preconceito, mas... Considero que a solução definitiva é deixar de enxergar preconceito nas palavras. Por que não chamar de negro alguém que tem a pele negra? Por que não chamar de deficiente alguém com deficiência visual, auditiva etc? O preconceito não está na palavra, mas na cabeça de quem escuta a palavra.

Sinceramente, esse negócio de politicamente correto é algo utilizado pelas oligarquias que dominam o planeta com a intenção de desorganizar os países. Obrigando por lei e por cartilhas a que a população siga um pensamento único essas oligarquias corroem as bases conceituais tradicionais dos países menos poderosos, os periféricos (e são esses que possuem grandes riquezas naturais) para, esfacelá-los cultural, ideológica, política, social e moralmente. Dessa forma, as oligarquias conseguem desenvolver o chamado “novo colonialismo”, mantendo consigo o poder econômico e cultural do mundo.

Portanto, como bem salientou o jornalista português Henrique Raposo, no jornal Expresso de Lisboa (23/04/2010),O politicamente correto não é uma ideologia coletiva. É, isso sim, uma crença privada. Mas, atenção, é uma crença privada partilhada, em silêncio, por milhões. É um manual de comportamento e de policiamento do pensamento e do vocabulário”.

segunda-feira, 19 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

A DITADURA DA PALAVRA DE DEUS

Nada melhor do que a transparência. Nada melhor que a liberdade. Nada pior do que uma máfia. Nada pior do que uma ditadura mafiosa. E, nos dias de hoje, nada pior do que a máfia evangélica que pretende impor um novo pensamento único ao povo brasileiro. Eles começam a iludir aquelas pessoas que não têm pensamento: os ingênuos e os iletrados. E também conseguem alcançar as pessoas que têm medo de pensar por elas mesmas.

Escondidas por trás do nome de um deus, com imenso poder financeiro e recebendo apoio até do Governo Federal (algo que não pode acontecer em um sistema laico como manda a Constituição Brasileira) essas sociedades evangélicas são o mais novo germe ideológico da direita radical, que sob o nome Igreja de Deus propagam ideias tendenciosas com o único fito de açambarcar a qualquer momento o poder.

O pior de tudo é que não é apenas uma igreja, mas um grupo de igrejas. Impossível acreditar que um governo comandado por uma mulher que passou horrores durante a ditadura militar fique de braço dado com um cara chamado Marcelo Crivella e outros da mesma espécie. Está na cara que a máfia evangélica está criando uma ditadura da palavra de um deus no país, que pelo visto será muito pior do que a ditadura militar. Abra os olhos enquanto é tempo Dilma Rousseff!

Quantas empresas para lavar dinheiro essas igrejas fazem atuar no Brasil e fora do Brasil? E o mais espantoso é a paralisia da Justiça brasileira que não toma uma atitude séria no que diz respeito aos crimes cometidos pelos “bispos” dessas igrejas. A máfia do sr. Edir Macedo conseguiu, nos últimos anos, locupletar-se com mais de R$ 8 bilhões. E ainda possui uma rede televisiva que propaga aos quatro cantos do país esse perigoso fanatismo religioso. Toda essa dinheirama é verdadeira, pois as apurações desses crimes foram feitas por instituições de credibilidade como o Ministério Público e a Polícia Federal.

Mas pelo visto a tramóia é muito mais extensa. A tal Igreja Universal do Reino de Deus quer o país para ela. Quer acabar com o Estado Democrático de Direito. Agora possui até partidos políticos alugados no Congresso Nacional e uma Frente Parlamentar Evangélica cujo objetivo é apenas fazer lavagem cerebral na população que não gosta de raciocinar. Manipula o Executivo e manipula o Congresso.

E tem coisa ainda mais perigosa que essa. Eles querem a todo custo aprovar leis nos Estados tornando o ensino religioso obrigatório. Isso é anticonstitucional. Isso ataca o principio maior da liberdade de crença, inclusive o direito de ser ateu. Além do mais, essa máfia pretende tornar crime legal as práticas afro, como o candomblé etc.

Temos de ficar em estado de alerta máximo. Não podemos "dormir no ponto" e deixar que essa máfia evangélica tome conta do país. Lembremos 1964. Lembremos as torturas, Lembremos os desaparecimentos. Lembremos a intolerância política e contra a liberdade de pensamento. Homem e mulher que falam em nome de um deus são mais perigosos do que fardas verdes-olivas. Fiquemos cientes que a pretensão dessas seitas é de imprensar o homem livre contra a parede e impor a crença no deus deles para dominar os pobres de espírito.

Infelizmente, os fanáticos religiosos acreditam que todos devem ser obrigados a aceitar a crença deles e que eles têm o direito de nos converter. Isso é uma falta de respeito com aqueles que não querem nem pretendem aceitar a religião deles. Pelo sim e pelo não fica o alerta: do jeito que anda a carruagem eles estão tentando fazer o Brasil se transformar em um país controlado pelas igrejas evangélicas do mesmo jeito que os países árabes são controlados pelo Islã.

Só para exemplificar: uma coisa vergonhosa teve palco na Câmara dos Deputados. Uma deputada de nome Lauriete transformou a sessão parlamentar em um culto. Realmente, a cada dia que passa os evangélicos cometem crimes contra a Carta Magna e fica por isso mesmo. Nenhum deputado foi republicano o suficiente para argumentar que o Brasil é um estado laico e que não cabe ao Congresso nacional comemorar o aniversário de qualquer igreja com um culto dentro da Câmara. Muito menos transformar a casa, que deveria ser do povo, na casa dos seguidores de uma religião!

NATUREZA


Na fase imatura
A alma perde o tempo
Da espera
Quer ser correnteza
À esteira do mar.

Na maturidade
A alma busca o freio
Do tempo
E conta as estrelas
Perdidas sobre o mar.
....
@Copyright by Rafael Rocha - Recife-PE

segunda-feira, 12 de março de 2012

POETAS

Quantos somos dentro das nostalgias
Ou das angústias dos sonhos irredentos
Que pelos lábios da mente escrevemos
Com símbolos e mil alegorias?
Havendo céu: Pássaros seremos.
Um deus voando sobre uma flor noturna
E um espírito chorando sob a chuva
De uma ária taciturna.

Quantos somos?... Não sei... Disse um poeta
Somos talvez um lago cristalino.
Um pântano rodeado de ninfetas.
Um espelho além do genuíno.
Ou ainda no enigma dos versos
Um pária errante dentro do céu errado.
Uma escória saída do Inferno.
Um Lúcifer enganado.

Quem somos?... Não sei... Quem sabe a vida
Escondida no zodíaco dos aedos?
Inconstantes, amantes e libertos
E possuídos pela coragem do medo?
Na verdade somos seres catastróficos.
Edifícios sem infra-estrutura.
Com a mesma tendência mitológica
Dos titãs caçadores de aventuras.
......
@Copyright by Rafael Rocha - Recife-PE

sexta-feira, 9 de março de 2012

RECIFE E OLINDA – TERRAS LIBERTÁRIAS

Existem dias em que precisamos falar de nossa casa, de nossa terra e de nossa gente. Neste espaço virtual muitas pessoas são brasileiras, estrangeiras e outras são nordestinas deste nosso grande país. Por que não lembrar a todos que vivemos em um espaço mais amplo de mundo? A data é preciosa para recordar e falar do Recife, a capital de Pernambuco, a metrópole do Nordeste, e da bela cidade de Olinda. Em 12 de março, ambas as cidades fazem anos. Olinda 477 e o Recife 475.

A cidade do Recife, capital de Pernambuco, representou e ainda representa o poder da criatividade e da aventura. Isso tanto no plano do desbravamento do espaço como no de produção intelectual. Essa produção intelectual chegou tardiamente, mas quando chegou foi potente e dinâmica, desde o surgimento do primeiro movimento intelectual com a Escola de Direito, que foi criada no ano de 1827, em Olinda, transportando-se depois para o Recife.

A maravilhosa Olinda, cantada em prosa e verso por tantos bardos, foi a primeira cidade pernambucana de grande relevo. Foi nela que Bento Teixeira lançou a sua Prosopopéia, no Século XVI, poema épico em homenagem ao capitão governador de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho. Também nesse poema, a cidade do Recife recebe sua primeira apresentação:
Um porto tão quieto e tão seguro / Que para as curvas naus serve de muro”.

Em Olinda se faz presente a arquitetura colonial portuguesa, muitas igrejas e tesouros sacros, conventos, mosteiros, e mais os imponentes sobrados e casarões senhoriais. Nesses casarões podem ser observados beirais de três águas, asas de andorinhas, janelas de guilhotinas e preciosas fachadas recobertas de azulejos de grande beleza. Olinda teve grande influência das três culturas que nela disseram presente: a européia, a africana e a indígena e hoje é considerada pela Unesco Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.

Olinda e Recife são cidades gêmeas e irmãs, ainda que tenham entrado em guerra no passado. A conhecida Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1711. As lideranças de Olinda não aceitaram que o Recife ganhasse oficialmente a condição de vila e tentaram matar o governador Sebastião Caldas que conseguiu fugir para a Bahia, deixando Pernambuco sem governo e provocando graves confrontos de rua como a destruição do Pelourinho do Recife. Muitos choques ocorreram entre os habitantes das duas cidades, até a chegada do novo governador, Félix Machado, que apaziguou os ânimos, mas manteve o título de vila para o Recife, mesmo a contragosto dos olindenses.

No cenário da pátria brasileira o Recife se destacou como sede das três mais importantes revoluções libertárias da nossa História, todas ocorridas no século 19: a Revolução Republicana,em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; e a Revolução Praieira, em 1848. A primeira é considerada como o único dos movimentos coloniais do Brasil que conseguiu passar da fase meramente conspiratória - ao contrário do que aconteceu com a Inconfidência Mineira (MG) e com a Revolta dos Alfaiates (BA). Já a segunda foi um movimento de caráter separatista, que incluiu ainda o Ceará, a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Nessa revolução surgiu o maior mártir de Pernambuco, o Frei Caneca. Já a terceira foi o último movimento liberal e interno ocorrido no 2º Reinado do Brasil, revelando heróis urbanos e marcos históricos da luta dos liberais contra os conservadores, como a Rua da Praia.

As duas cidades estão em festa! Hoje, elas não mais guerreiam entre si para uma ter preponderância sobre a outra. Pelo contrário, crescem tanto em termos de população, nas condições socioeconômicas, como socioculturais. E eu, pernambucano, como muitos outros pernambucanos tenho orgulho de ter nascido no âmbito das duas cidades, de trazer para este espaço algo da história delas e de parabenizar pela passagem da data tanto os olindenses como os recifenses.

terça-feira, 6 de março de 2012

TODOS OS DIAS SÃO DIAS DAS MULHERES

Neste 8 de março saúdo as mulheres pela passagem do seu dia mais especial: o Dia Internacional da Mulher. Beijos, abraços e paz a todas aquelas que no mundo inteiro desempenham a vida e valorizam a cultura. Parabéns às lutadoras que buscam conquistar seus espaços no mundo. Caríssimas: é um grande privilégio compartilhar da companhia e da amizade de vocês e de saber das suas vitórias e participar dessas vitórias ao vosso lado.

Na realidade, todos os dias são dias de todas as mulheres. Não podemos e nem devemos ficar reféns de apenas uma data. Isso é apologia capitalista para vender presentes e encher os shoppings centers. As mulheres merecem ser lembradas e homenageadas durante todos os 365 dias do ano, durante as 24 horas do dia, a cada minuto e segundo de nossas vidas. Sejam elas as mais humildes mães, as mais ricas empresárias, as trabalhadoras, as donas de casa, mulheres que são companheiras, amantes e amigas de seus homens, tanto que fazem as 24 horas do dia tornarem-se cada vez mais preciosas ao darem objetivo ao sentido da vida.

Sabemos o quanto as mulheres movem o mundo desde priscas eras. Elas possuem uma equilibrada mescla de sensibilidade para alcançar a justiça, inclusive determinação e pragmatismo para atingir as metas que pretendem. Pelo que conhecemos até agora, as mulheres conseguem evitar que o mundo descambe definitivamente para o caos irreversível. Indo mais longe: são elas que estabelecem um ponto de equilíbrio nas relações humanas. É assim na sociedade e na família. São elas que arregaçam as mangas quando a situação exige ação urgente. São elas que estão sempre mais atentas para a necessidade dos outros, em casa ou fora de casa.

Assim, este 8 de março é um dia especial. Vale lembrar: no ano de 1857, em Nova Iorque, ocorreu a primeira greve liderada somente por mulheres. Operárias de uma fábrica de tecidos. Lutavam por melhores condições de trabalho, bons salários, tratamento digno. O resultado desse movimento foi a morte de 129 moças, carbonizadas dentro da fábrica, pela repressão capitalista. Mas o dia ficou marcado para sempre. As mulheres a partir dessa data começaram a lutar por reconhecimento e independência.

Em homenagem a essas 129 moças assassinadas na fábrica, decidiu-se, no ano de 1910, na Suécia, que o dia 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher. A ONU só oficializou no ano de 1975. O objetivo maior desse dia não é somente o de homenagear e comemorar. É um dia especial para que possamos discutir e melhorar o papel humano na sociedade. Encontrar formas de acabar com o preconceito, a violência, o desprestígio e a desvalorização.

Camaradas, também vale assinalar aqui que o marco maior do Dia Internacional da Mulher aconteceu em 1917, ano da revolução bolchevique na Rússia, quando este país saiu oficialmente da Primeira Guerra Mundial destroçado e com pelo menos dois milhões de mortos, para tentar reconstruir-se. Nesse ano, as mulheres novamente optaram por celebrar seu dia e lutar pela paz no último domingo de fevereiro. Assim, as russas iniciaram uma greve geral por "pão e paz". Os líderes políticos do país posicionaram-se contra o movimento, alegando que era um péssimo momento para ele ocorrer. Mas elas seguiram adiante. A vitória do movimento feminista na Rússia ficou marcada na História e passou a ser referência no mundo inteiro. O domingo em questão caiu no dia 23 de fevereiro. Na época, o calendário russo era diferente do ocidental. O Ocidente vivia o 8 de março.

Muito antes de tudo que já citamos, na época da Revolução Francesa, outra mulher lutou pelos direitos femininos e terminou na guilhotina no dia 3 de novembro de 1793.Olympe de Gouges uma francesa feminista, revolucionária, jornalista, escritora e autora de peças de teatro. Foi uma defensora da democracia e dos direitos das mulheres. Na sua Declaração dos direitos das mulheres e da cidadã (em francês: Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne) de setembro de 1791, ela desafiou a conduta injusta da autoridade masculina e da relação homem-mulher que expressou-se na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão durante a Revolução Francesa.

Lembro aqui que nos tempos de hoje as mulheres são as lutadoras mais dinâmicas de nossa sociedade. No Brasil temos uma presidente. Um fato inédito em nossa história. Na Argentina, idem. E muitas outras mulheres, desde as revolucionárias operárias nova-iorquinas, seguindo ainda o rumo das soviéticas, continuam a lutar por melhores condições de vida. Assim, nada mais justo que prestar homenagem a elas, seres humanos e parte intensa do nosso cotidiano. E vale a pena perguntar: o que seria de nós, homens, sem as mulheres?

quinta-feira, 1 de março de 2012

MULHERES - AS PERPETUADORAS DA ESPÉCIE HUMANA

Colírio especial para os olhos. Assim assinalo este início de março. Dentro de alguns dias estaremos dando abraços e beijos nelas que são a nossa necessidade de vida: as mulheres! Como diria Vinicius: as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental! Sigo essa máxima e vou mais longe ainda. Beleza junto com inteligência é mais fundamental ainda. Uma tem de se completar com a outra.

Mas a mulher bela pode não possuir neurônios que de uma forma ou de outra tem de ser homenageada e lembrada. Louras, morenas, ruivas, negras, amarelas, pardas, albinas, sararás, caboclas, mestiças todas. Se não fossem elas, o que seria da raça humana? Onde encontrar prazer e onde fazer a perpetuação da descendência? O que seria de nós, homens, se não existissem as mulheres?

Até que solicitaram a mim: escreva um poema para o dia delas que acontece em 8 de março. Um poema? Nada disso. A galhardia e a beleza feminina já são um poema ousado e especial. O verdadeiro poema vem delas mesmas com toda a picardia possível. A espécie humana tem de agradecer à deusa mulher. Se  a mulher não existisse nem quero pensar em como a existência seria vazia.